Eleitores de Planalto da Serra voltam às urnas após cassação de prefeita
Além de escolher o novo presidente do país no próximo domingo (28), os moradores do município de Planalto da Serra (261 km de Cuiabá) terão mais uma obrigação eleitoral: escolher o novo prefeito. A eleição suplementar é necessária em razão da cassação do mandato da prefeita Angelina Pereira (PSDB) e do vice Marcos Antônio Sampaio Rodrigues (PHS).
Ambos foram reeleitos em 2016 com 43,73% dos votos, que totalizam 558 eleitores, mas tiveram os registros cassados ainda no mesmo ano, pelo Juízo da 34ª Zona Eleitoral, pelos crimes de abuso de poder econômico e compra de votos durante a campanha eleitoral de 2016. Isto porque eles entregaram próteses dentárias (dentaduras) aos eleitores, em troca de votos.
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Conforme a acusação, enquanto ocupavam o cargo de prefeito e vice, Angelina Pereira e Marcos Rodrigues dispensaram licitação para contratar o odontólogo João Dantas Teixeira, responsável por confeccionar mais de 200 moldes de próteses dentárias. A ação é proibida pela legislação em período eleitoral.
Com a decisão de cassação em primeira instância, Angelina e Marcos recorreram ao Pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que manteve a decisão. Em razão disso, o presidente da Câmara Municipal, vereador Rosimar Alves Pereira (MDB), comanda prefeitura de forma interina até a nova eleição, que foi autorizada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ministro Luiz Fux.
Ao todo, o município conta com 2.495 eleitores, dos quais 99,98% já fizeram o cadastro biométrico, segundo o TRE. Eles deverão escolher entre o ex-prefeito Dênio Peixoto Ribeiro (PSD) e o vereador Natal Alves de Assis Sobrinho (PSDB).
Dênio Peixoto Ribeiro tenta ser prefeito pela terceira vez. Ele já ocupou o cargo por dois mandados, de 2005 a 2012. Já Natal Alves de Assis Sobrinho disputa a prefeitura pela primeira vez.
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