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Quinta - 08 de Novembro de 2018 às 07:15
Por: Romilson Dourado/RD Newa

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Gilberto Leite/Rdnews/Arquivo
Governador eleito Mauro Mendes, se preparando para entrevista ao RDTV em setembro deste ano
Governador eleito Mauro Mendes, se preparando para entrevista ao RDTV em setembro deste ano

menos de um mês da posse, o governador eleito Mauro Mendes anuncia oficialmente entre esta quinta e sexta a pretensão de cortar cerca de 50% da estrutura da máquina, incluindo redução e/ou fusão de secretarias, órgãos e autarquias que hoje empregam cerca de 100 mil servidores. Vai cortar mais de 3 mil cargos comissionados e estuda suspender contratos e licitações, por alguns meses, assim que sentar na cadeira no Palácio Paiaguás.

Hoje são 24 pastas. Depois de receber os primeiros dados, que demonstram o gigantismo da máquina pública, Mauro concluiu que, de fato, precisa mesmo agir de forma radical. A ideia é tocar a administração com, no máximo, 12 secretarias. Este Blog apurou que, entre as que serão extintas estão as extraordinárias, como de Assuntos Estratégicos, de Governo, de Transparência e Combate à Corrupção, de Articulação e Desenvolvimento Regional e de Comunicação Social.

Por enquanto, Mauro Mendes prefere restringir ao máximo a informação sobre o novo organograma que está elaborando junto com membros da equipe de transição. Com visão de quem vem da iniciativa privada e já passou pela experiência pública de quatro anos como preferito de Cuiabá, ele está determinado a atingir o que chama de equilíbrio de receitas e despesas já no primeiro semestre à frente do Palácio Paiaguás. E com perspectiva de sobrar recursos para custeio e investimentos.

A redução do número de pastas refletirá automaticamente num quadro menor de servidores comissionados. Existem hoje 6,8 mil vagas para DAS, aqueles nomeados sem concurso público. O governador eleito deseja administrar o Estado com no máximo 3,5 mil comissionados.

O vice-governador eleito Otaviano Pivetta disse ao Blog nesta quarta à noite, sem entrar em detalhes sobre as pretensões de Mauro, defender que o Estado corte pela metade o número de secretarias, assim como de servidores. "Isso seria interessante porque o governo começa já dando exemplo, no tom da mudança que foi autorizado nas urnas pela sociedade".

Empresário e ex-prefeito de Lucas do Rio Verde por três mandatos, Pivetta se mostra preocupado com o fato do setor público hoje gastar 80% das receitas correntes líquidas com folha de pessoal. Para se ter ideia, só o Executivo consome 57% do que arrecada com pagamento de servidores, estourando, inclusive, o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 49%. "Mato Grosso está fora da lei fiscal. Precisamos nos enquadrar".





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