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Economia
Quinta - 15 de Novembro de 2018 às 10:46
Por: Marianna Peres/Diário de Cuiabá

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Segundo o IBGE, Mato Grosso está entre os cinco estados brasileiros que tiveram influência positiva na redução da taxa de desocupação
Segundo o IBGE, Mato Grosso está entre os cinco estados brasileiros que tiveram influência positiva na redução da taxa de desocupação

Mato Grosso, Rio de Janeiro, Ceará, Minas Gerais e Tocantins tiveram influência positiva na redução da taxa de desocupação apurada pelo IBGE em todo o país no 3º quadrimestre desse ano em comparação com o período imediatamente anterior. Em relação à redução verificada entre julho, agosto e setembro, Mato Grosso foi o estado com a maior retração, 1,8 pontos percentuais.

A queda para 11,9% da taxa nacional de desocupação no trimestre encerrado em setembro ficou concentrada em cinco unidades da federação (Rio de Janeiro, Ceará, Minas Gerais, Tocantins e Mato Grosso), enquanto Roraima foi o único estado com alta no período, de 13,5%. Entre as grandes regiões, o Nordeste continua com a taxa mais alta, com 14,4%, enquanto o Sul registrou 7,9% no mesmo período. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgada hoje pelo IBGE.

Conforme o IBGE, as taxas foram as seguintes: Rio de Janeiro (14,6%, -0,8 p.p), Ceará (10,6%, -1,1 p. p.), Minas Gerais (9,7%, - 1,1 p. p.), Tocantins (9,8%, -1,6 p. p.) e Mato Grosso (6,7%, -1,8 p. p.) foram os estados responsáveis pela queda na taxa de desocupação nacional, uma vez que 21 unidades da federação registraram estabilidade. Único a ter piora no índice, Roraima teve alta de 2,3 p.p. em relação ao trimestre anterior.

“Um dos pontos que destacamos é a taxa de desocupação ter subido em Roraima. É um ponto fora da curva em relação ao comportamento das outras regiões. A maioria está em estabilidade e cinco estão em queda, outros estão estáveis com tendência de queda. Na comparação com o ano passado, a taxa de Roraima cresceu ainda mais (4,6 p.p.)”, analisa o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.

A pesquisa mostra que os empregados com carteira de trabalho assinada tiveram queda de 10% em Roraima. De acordo com Cimar, a desocupação subiu em função da perda de trabalho com carteira, uma vez que não houve alta naqueles sem carteira: “é um sinal vermelho, caíram de 41 mil para 37 mil postos formais em relação ao trimestre anterior. Foi uma derrubada bastante expressiva, principalmente no comércio, que fechou cinco mil vagas”, complementa.

A taxa de desocupação registrou variações negativas em todas as regiões, porém elas só foram significativas no Sudeste (-0,7 p. p.) e no Centro-Oeste (-0,6 p. p.). O Nordeste segue com a taxa mais alta (14,4%), embora ela tenha variado negativamente 0,4 p. p. em relação aos últimos trimestres. A segunda maior é do Sudeste (12,5%), seguido pelo Norte (11,5%), Centro-Oeste (8,9%) e, por último, pelo Sul (7,9%).

Já a taxa composta de subutilização da força de trabalho caiu no Sudeste (21,1%, -0,6 p. p.) em relação ao trimestre anterior, mas a queda mais intensa aconteceu no Centro-Oeste (17,2%, -1 p. p.). As outras regiões permaneceram em estabilidade, embora o Nordeste (35,6%) tenha registrado variação negativa de 0,5 p. p. em relação ao trimestre anterior. O Sul (14,8%) e Norte (27,4%) repetiram as taxas do período anterior.

Já o número de desalentados, que são aqueles que desistiram de procurar emprego, permaneceu estável nas cinco grandes regiões. Entre as unidades da federação, somente o Espírito Santo não apresentou estabilidade, com alta de 40,8% neste grupo em relação ao último trimestre, somando um total de 45 mil pessoas.

Em geral, porém, o contingente de desalentados apresentou tendência de alta. “Rondônia, Acre, Tocantins, Maranhão, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Rio de Janeiro e Espírito Santo tiveram recorde de pessoas desalentadas, inclusive”, explica Cimar.

Ele também ressalta a manutenção de desigualdades por cor e sexo, com uma taxa de desocupação de pretos e pardos que continua mais elevada: “entre a população de cor preta, 14,6% estavam desocupados. Entre os pardos, 13,8%, e entre os brancos, era de 9,4%”. Já essa taxa entre as mulheres foi de 13,6%, e a dos homens, 10,5%: “continuamos tendo mais mulheres desocupadas, mas isso se estreitou muito. A crise nivelou por baixo”.

No 3º trimestre de 2018, o rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, com rendimento de trabalho, foi estimado em R$ 2.222. Houve estabilidade tanto em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 2.229) como em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.208). Nas Grandes Regiões, também houve estabilidade estatística nessas duas comparações.





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