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Segunda - 26 de Novembro de 2018 às 07:57
Por: Lázaro Thor Borges/GD

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O orçamento de R$ 5 milhões da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), valor arrecadado em 2017, se tornou um dos pontos centrais do debate que envolve a eleição para presidência da entidade. Candidato de oposição, Sílvio Moraes Filho (PSD), prefeito de Araguainha, diz que se candidatou para reduzir o valor da contribuição paga pelas prefeituras associadas, que ele considera elevado demais.

Sílvio chegou a solicitar, nas últimas semanas, um relatório com o valor pago por todos os municípios. O documento foi entregue pela atual gestão, liderada pelo ex-prefeito de Nortelândia, Neurilan Fraga (PSD), candidato à reeleição. Ao todo, são 126 cidades que pagam uma contribuição que pode variar de R$ 6 mil a R$ 27 mil mensais.

“É um absurdo pensarmos que diante da crise econômica que os municípios vêm enfrentando há 3 anos, tenhamos que sustentar um dispêndio tão elevado. Chega a ser irresponsável manter tamanho peso ao erário. Estamos falando de dinheiro público, que precisa ser honrado e muito bem gasto”, critica o prefeito.

Procurado pela reportagem, Neurilan se limitou a dizer que não gostaria de dar qualquer resposta ao adversário. Segundo ele, esta seria uma tentativa de “provocação” com a chegada da eleição, que vai ser realizada no dia 7 de dezembro.

Neurilan esclareceu, contudo, que as contribuições dos municípios são equivalentes a uma porcentagem que tem como base de cálculo o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) recebido pelas prefeituras. Os valores, segundo ele, são discutido em assembleia geral com a presença de todos os associados da AMM.

Uma das críticas que Sílvio, prefeito do menor município do Estado, faz a Neurilan é por conta do fato de ele ter se mantido presidente da AMM mesmo não sendo mais prefeito.

“O primeiro ponto que nós analisamos é a questão de o Neurilan já estar muito longe do mandato de prefeito. Ele está tentando a terceira eleição já está há muito tempo fora do gabinete de prefeito. A pessoa presidente da OAB precisa ser advogado, do Conselho de Contabilidade precisa ser contador e a AMM não é diferente”, comentou Sílvio em entrevista a rádio Capital FM na última sexta-feira (23).

Este ano, Neurilan Fraga cogitou abandonar a AMM e se candidatar a deputado federal, mas acabou recuando. Ele está no seu segundo mandato à frente da entidade, foi reeleito em 2017, com uma chapa composta por 17 prefeitos de todas as regiões do Estado.

Neurilan deixou de ser prefeito de Nortelândia há 4 anos. Uma alteração feita no estatuto da AMM em 2016 foi o que permitiu que ele continuasse presidindo a entidade. Em 2017, ele foi eleito com 105 votos de prefeitos, entre os 135 aptos a participar da votação.





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