Grupo acusado de monopolizar saúde em MT encerra atividades e alerta que só vai pagar dívidas após receber do governo Grupo Prox, responsável pelas empresas Proclin, Qualycare e a Prox Participações, alegou dificuldades financeiras.
O Grupo Prox, responsável pelas empresas Proclin, Qualycare e a Prox Participações, encerrou as atividades em Mato Grosso nessa quinta-feira (31). As empresas são acusadas de “escolher” os pacientes que seriam atendidos conforme o valor que poderiam desviar em cada procedimento médico.
Conforme nota encaminhada pelo grupo, os pagamentos aos credores e colaboradores serão feito à medida que as empresas receberem os valores supostamente devidos pelo Poder Público.
O esquema foi alvo da segunda fase da Operação Sangria, desencadeada em dezembro do ano passado.
A quadrilha seria composta pelo ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correa, Fábio Liberali Weissheimer, médico e sócio da Pró-Clin, Adriano Luiz Sousa, empresário e advogado, Kedna Iracema Fonteneli Servo, Celita Liberali, Luciano Correa Ribeiro, médico e sócio da Pró-Clin, Fábio Alex Taques e o ex-secretário de Gestão da Saúde de Cuiabá, Flávio Taques.
Conforme a direção do grupo, a decisão de fechar as portas se deu devido a problemas financeiros. “A decisão foi tomada por fatores financeiros. Embora tenha apresentado um ótimo resultado administrativo e operacional, o grupo está com seu fluxo de caixa completamente comprometido, fato gerado pela inconstância e pelo atraso nos pagamentos devidos pelo Poder Público, o que tem causado diversos transtornos”, diz trecho de nota encaminhada pelo grupo.
Segundo a apuração, a organização mantém influência dentro da administração pública, no sentido de desclassificar concorrentes, para que ao final apenas empresas pertencentes a eles possam atuar livremente no mercado.
Operação Sangria
Os alvos da segunda fase, entre eles três médicos, um gerente de licitação, um coordenador financeiro e funcionários das empresas prestadoras de serviços médicos hospitalares, são investigados em crimes de obstrução à Justiça praticada por organização criminosa e coação no curso do processo.
A operação apura irregularidades em licitações e contratos firmados com as empresas Proclin, Qualycare e a Prox Participações, firmados com o município de Cuiabá e o governo estadual.
Ainda conforme a Polícia Civil, ficou constatado que o grupo criminoso teria destruído provas e apagado arquivos de computadores para dificultar as investigações, além de ameaças feitas às testemunhas.
A investigação da operação Sangria apura fraudes em licitação, organização criminosa e corrupção ativa e passiva, referente a condutas criminosas praticadas por médicos, administrador de empresa, funcionários públicos e outros, tendo como objeto lesão ao erário, vinculados a Secretaria de Estado de Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde, através de contratos celebrados com as empresas usadas pela organização.
Segundo a apuração, a organização mantém influência dentro da administração pública, no sentido de desclassificar concorrentes, para que ao final apenas empresas pertencentes a eles possam atuar livremente no mercado.
Prisões
Na segunda fase da Operação Sangria foram presos Huark Douglas Correia, Fábio Liberali Weissheimer, médico e sócio da empresa Pró-Clin, Adriano Luiz Sousa, empresário e advogado, Kedna Iracema Fonteneli Servo, Celita Liberali, Luciano Correa Ribeiro, médico e sócio da Pró-Clin, Fábio Alex Taques e Flávio Taques.
A Justiça recebeu a denúncia feita pelo Ministério Público Estadual(MPE) contra o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Corrêa, e outras sete pessoas supostamente envolvidas em um esquema de monopólio na área da saúde em Mato Grosso. Os oito réus foram presos durante a segunda fase da Operação Sangria. A ação passa a tramitar na 7ª Vara Criminal, sob a juíza Ana Cristina Silva Mendes.
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