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Terça - 12 de Fevereiro de 2019 às 18:43
Por: Jad Laranjeira/Mídia News

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O prefeito de Rondolândia, Agnaldo Rodrigues (no detalhe)
O prefeito de Rondolândia, Agnaldo Rodrigues (no detalhe)

O prefeito afastado de Rondolândia, Agnaldo Rodrigues de Carvalho, revelou que sofria pressão constante de vereadores da cidade para pagar o chamado "mensalinho", que seria uma propina em troca de não ter problemas no Legislativo.

O esquema foi descoberto pelo Ministério Público do Estado, que pediu - e a Justiça concedeu - a prisão de três vereadores.

Em entrevista ao MidiaNews, o prefeito afastado - que confessou ao MPE ter cedido às pressões e pago o mensalinho - informou que os pagamentos não tinham data e nem valores certos, mas que sempre eram entre R$ 800 a R$ 1 mil.

Dois dos vereadores - Lígia Neiva e Joaquim Cruz - já foram presos. Já Diones Carvalho, que é presidente do Legislativo municipal, é considerado foragido.

Em outra ação, de improbidade administrativa, a Justiça deferiu o afastamento de Agnaldo do cargo, além do bloqueio de bens até o valor de R$ 100 mil.

De acordo com ele, apesar do afastamento, se sente aliviado e também mais seguro.

“Eu estou me sentindo mais seguro. Porque eu sofri uma pressão muito grande da Câmara ao longo desses dois anos e pouco, com uma persistência cada vez maior de alguns vereadores, fora uns rivais políticos de grande percepção contra minha pessoa”, contou.

Eu estou me sentindo mais seguro, por que eu sofri uma pressão muito grande da Câmara ao longo desses dois anos

Agnaldo disse que chegou a ser afastado do cargo duas vezes, e quando retornou, há dois meses, as chantagens passaram a ser ainda maiores.

“Fui cassado duas vezes. Na primeira fiquei por 30 dias em 2017. Da segunda vez, foi cinco meses. E quando isso aconteceu pela segunda vez, eu vi que não aguentava mais. Então eu fui ao MPE e falei sobre esses vereadores”, disse.

O prefeito revelou que nos últimos dois meses, após reassumir o cargo, as chantagens se intensificaram, inclusive com ameaça de abertura de uma CPI.

Sem dar nomes, o prefeito contou que além dos três citados, ainda existem mais vereadores que usufruíram do mensalinho, mas que não foram presos.

Quanto à nova ordem de afastamento, Agnaldo revelou que acredita que irá voltar ao cargo e afirmou ainda que a população está do seu lado.

“Eu esperava a interpretação da Justiça. E como ela interpretou que eu deveria ser afastado, vejo como um grande prejuízo para o Município. Porque tem dois meses que retornei e já tem vários trabalhos para serem encaminhados”.

“Eu estou mais tranquilo, mesmo eu estando afastado eu estou de alma lavada com a justiça. Hoje mais de 90% do povo de Rondolândia está aplaudindo a ação. Eles estavam revoltados com a situação da Câmara e de alguns dos vereadores. A população está do meu lado. Eu acredito na Justiça e acredito que eu vou voltar. E vou estar aqui para colaborar com a Justiça”, afirmou.





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