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Saúde
Quinta - 21 de Fevereiro de 2019 às 09:45
Por: Diário de Cuiabá

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Até o fim deste ano, estima-se que 130 novos casos de leucemia podem ser diagnosticados em Mato Grosso. A doença pode afetar homens e mulheres de todas as idades, mas dados da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica, órgão ligado à Secretaria de Estado de Saúde (Ses/MT), mostram que as pessoas do sexo masculino estão mais vulneráveis em comparação ao público feminino.

No país, dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) indicam que as estimativas de novos casos são de 10.800, sendo 5.940 homens e 4.860 mulheres. Para conscientizar a população, o segundo mês do ano, denominado “Fevereiro Laranja”, foi escolhido para a realização de uma campanha com a proposta de abordar sobre a leucemia, considerada um câncer pela medicina, que atinge a medula óssea, local de produção das células sanguíneas do corpo humano.

Ainda, de acordo com a Saúde estadual, a cada 60 novos diagnósticos, estima-se um risco de 4,47 casos para um público de 100 mil mulheres. Já para o público masculino, são 70 novos casos, porém o risco estimado é menor, sendo de 3,79 casos para um público de 100 mil homens. O relatório aponta ainda que entre 2010 e 2016, a leucemia matou 578 pessoas, sendo que 300 eram homens e 278 mulheres.

Conforme o Inca, os tipos mais comuns de leucemia são o linfoide crônica, a mieloide crônica, a linfoide aguda e mieloide aguda. De acordo com a Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica, a leucemia acontece quando essas células sofrem uma mutação genética e têm o seu desenvolvimento natural modificado. Neste caso, a estrutura funcional fica comprometida e as células doentes passam por um processo acelerado de multiplicação, ocupando o lugar de todas as células sadias.

“Quanto mais cedo for o diagnóstico, maiores são as chances de cura, pois, o corpo responde melhor ao tratamento. É importante o médico avaliar qual o tratamento mais indicado, já que tudo depende do estágio da doença. O paciente pode ser submetido ao processo quimioterapia, radioterapia ou imunoterapia. O objetivo é destruir as células doentes presentes na medula”, informou a Ses por meio da assessoria de imprensa.

Outra opção de cura para leucemia é o transplante de medula óssea. Neste processo, o doente recebe novas células que vão destruir as doentes e fazer com que medula óssea volte a produção de células sadias. No entanto, para realizar esse processo de cura, é necessário encontrar um doador compatível, o que é mais difícil, já que as chances de encontrar um doador compatível são pequenas, sendo um para 100 mil doadores. Então, quanto maior o número de candidatos cadastrados no banco de dados dos Hemocentros do país, maiores as chances de encontrar um doador compatível.

O candidato deve ter de 18 a 55 anos, estar em bom estado de saúde, não ter doença infecciosa transmissível pelo sangue (infecção pelo HIV ou hepatite) e não possuir histórico de doença neoplásica (câncer), hematológica ou autoimune (lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatoide).

Após o preenchimento da ficha de inscrição e do termo de consentimento, é colhido 10 ml de sangue do potencial doador que posteriormente é encaminhado aos centros credenciados e especializados para fazer o exame de histocompatibilidade (HLA), ou seja, o estudo do teste de compatibilidade da medula óssea.

Após, o resultado da tipagem e o cadastro são enviados pelos laboratórios de imunogenética ao Registro Nacional de Doadores (Redome). Dependendo da doença e da fase em que se encontra, o paciente pode se beneficiar com uma forma específica de doação, o médico vai orientar a respeito da melhor forma de coleta de células.

Os dados do MT-Hemocentro revelam que, em 2017, a unidade encerrou o ano com 1.141 mil voluntários aptos a fazer doação de medula óssea. Em comparação ao ano anterior, os resultados mostram que, em 2018, o número de doadores subiu para 1.606 mil pessoas, cerca de 40% a mais. Além disso, os resultados da unidade mostram que 1.565 mil pessoas estão aptas a doação em caso de compatibilidade com algum paciente.

No último dia 15 deste mês, por exemplo, moradores de Barra do Bugres (a 169 quilômetros de Cuiabá) vieram até a capital para se cadastrar como voluntários no banco de doação de medula óssea do Hemocentro. O grupo fez parte da segunda caravana de voluntários. No início do mês, a unidade recebeu 32 pessoas interessadas em fazer a doação.

Os candidatos interessados em doar medula óssea ou sangue e, que tiverem qualquer dúvida sobre o assunto, podem procurar a unidade que fica localizada na Rua 13 de Junho, nº 1055, bairro Porto, em Cuiabá. Nesta semana, o MT também informou que precisa com urgência de doação de sangue do tipo “O Positivo” para repor o estoque e atender a demanda dos hospitais e prontos-socorros públicos. Para mais informação, o contato pode ser feito pelo seguinte telefone (65) 3623-0044.





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