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Quinta - 28 de Fevereiro de 2019 às 16:43
Por: Larissa Malheiros/Folha Max

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O delegado geral da Polícia Civil, Mário Demerval , revelou que fechamento de algumas delegacias no interior do Estado é um “caminho sem volta”. Ele afirma que está sendo realizado um estudo técnico que já aponta a falta de efetivo e aumento da defasagem do quadro de policiais com futuras aposentadorias. Isso dificultará as atividades em praticamente todas as unidades, inviabilizando a permanência de algumas.

O delegado também explica que levantamento mostra que essas unidades tem um alto custo financeiro e os policiais não tem como desenvolver o trabalho de maneira digna. Por isso, revela que atuação desses policiais nessas delegacias está se resumindo a tomar conta do prédio e fazer boletim de ocorrência .

“São cidades muito pequenas, com a perspectiva que nós temos de aposentadoria e a não existência de um concurso público sequer em andamento. No que tange os investigadores e delegados se chegou um número de 200 policiais para e aposentar nos próximos dois anos e 200 policiais é praticamente o efetivo da regional de Rondonópolis inteira”, explicou o delegado geral em entrevista ao programa Cadeia Neles.

O chefe da Polícia Civil destacou que o objetivo é manter em pleno funcionamento as delegacias que seguirem abertas. “Com essas aposentadorias, se eu mantiver unidades nessas cidades minúsculas funcionando, vou ter que fechar grandes delegacias para suprir essas unidades, e a perspectiva de aposentadorias não me deixa pensar diferente”.

Segundo Demerval, o número de delegado por habitantes atualmente é muito menor do que o exigido. Os dados mostram que em 2003 era um delegado para 14 mil habitantes. Neste ano, é um delegado para 16 mil habitantes.

“Humanamente impossível de administrar essas unidades. Porém, este estudo iniciou com um número grande de unidades e conforme as informações técnicas, nós estamos agindo tecnicamente, para fazer as averiguações, as constatações, o estudo da análise de dados e chegamos a unidades que funcionam com dois, três mil habitantes”, explanou.

O delegado geral colocou que já existe uma ideia de planejamento para as mudanças a serem propostas, remanejando policiais para outras delegacias e o reforço de uma parceria com a Polícia Militar. “Então, nós estamos nos antevendo ao problema, estamos desenvolvendo estudos, fechando unidades em cidades pequenas, onde sinceramente nem deveriam ter sido abertas, e vamos realocar esses policiais em cidades vizinhas e continuar dando atenção a essas cidades que ficarão com a Polícia Militar lavrando as ocorrências e encaminhando diretamente para a Polícia Civil”.






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