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Economia
Sexta - 12 de Abril de 2019 às 09:36
Por: Diário de Cuiabá

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O cadastro positivo é um banco de dados que busca valorizar o bom pagador. É uma espécie de "currículo financeiro" do cidadão, o qual deve render vantagens na hora da obtenção de crédito, por exemplo.

De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá), Nelson Soares Junior, o Cadastro Positivo existe desde 2011 e entrou em vigor em 2013, mas passou recentemente por algumas adequações no Congresso Nacional e foi sancionado na última segunda-feira pelo presidente Jair Bolsonaro. "Agora os bancos, demais instituições financeiras e varejistas terão um auxílio ainda mais assertivo, tanto para aprovarem financiamentos, compras a prazo, ou seja, para aprovações de transações que envolvem concessão de crédito", disse ele, que comentou ainda que "por outro lado o bom pagador será o maior beneficiado, pois ganhará força na hora de obter crédito, até porque qual o credor que não quer ter bons pagadores em sua carteira de cliente?".

Soares explica também, que agora todos os consumidores serão incluídos de forma automática no banco de dados e que o cadastro positivo obtém informações estritamente financeiras. "É importante a população estar ciente dos benefícios que poderão ter, porém, de qualquer forma aqueles que não se sentirem confortáveis, poderão a qualquer momento solicitar a sua exclusão do banco".

O presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Mato Grosso (Facmat) e da Associação Comercial e Empresarial de Cuiabá (ACC), Jonas Alves, pontuo que a lei valoriza aspectos positivos, como o hábito de pagar as contas em dia, e a inclusão de CPF e CNPJ no sistema financeiro, o que proporciona a prevenção ao superendividamento, ao mostrar se há espaço no orçamento para contrair mais dívidas. “É uma oportunidade de analisar todo o histórico de endividamento e o modo que empresas e consumidores efetuam o pagamento de dívidas contratadas com bancos e estabelecimentos de comércio e de serviços, a exemplo de luz, água, telefone, etc”. Ele acredita que a lei beneficiará tanto o consumidor quanto o empresariado, pois o intuito é de inclusão financeira, além de ser referência no comportamento financeiro das pessoas e empresas.

"É uma oportunidade para concessão de crédito e mais confiança entre o consumidor e empresas, além disso, a lei proporciona a inclusão de micros, pequenas e médias empresas de ter acesso ao crédito, movimentando a economia", comemorou Alves.

Segundo a Boa Vista SCPC, a lei beneficiará cerca de 120 milhões de consumidores, dos quais cerca de 22 milhões não têm acesso ao crédito.

Para o presidente do SPC Brasil, "um dos motivos das taxas de juros serem altas e de não haver flexibilização dos prazos para pagamentos é a ausência de algumas informações sobre hábitos de pagamento dos consumidores. Atualmente, o bom pagador é penalizado pelo inadimplente, fazendo com que os juros sejam elevados para todos, independentemente do seu comportamento financeiro. Com as novas regras, a análise passa a considerar o histórico de bom pagador e não apenas restrições pontuais, o que é mais justo", afirma Roque Pellizzaro Junior.





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