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Politica MT
Sexta - 24 de Maio de 2019 às 13:29
Por: Folha Max

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A posse de recondução da diretoria da Associação das Empresas do Distrito Industrial de Cuiabá (AEDIC) na noite do dia 22 de maio foi marcada por pedidos de mais atenção por parte do Governo de Mato Grosso para a classe industrial, que hoje leva cerca de um ano para ter seus incentivos fiscais analisados. Nos últimos anos, o Distrito Industrial em decorrência da morosidade do Executivo Estadual e falta de conhecimento por parte da sociedade e até mesmo classe política perdeu grandes empresas para outros Estados e até mesmo países, como o Paraguai, diante aos imbróglios com o Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (PRODEIC).

A diretoria eleita, de acordo com a presidente Margareth Buzetti, tem como pleito junto ao Governo de Mato Grosso a manutenção e expansão do Prodeic. “Só assim vamos aumentar a nossa base de arrecadação, promover desenvolvimento, emprego e renda”, disse a presidente da AEDIC, lembrando que estudo da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) revela que para cada R$ 1,00 incentivado o retorno é de R$ 1,50.

A presidente da AEDIC lembrou ainda que recentemente foram realizadas visitas em empresas no Distrito Industrial com a presença do secretário de Fazenda, Rogério Gallo, e sua equipe. Na ocasião foram visitadas cinco empresas, que juntas somavam 400 empregos diretos antes de ingressarem no Prodeic e hoje totalizam 1.600 empregos diretos, chegando a exportar produtos para o mercado internacional, como pão de queijo para a China e transformadores para a América Latina.

Margareth apontou ainda que, apesar dos bons resultados obtidos pelas empresas quando do início do benefício dos incentivos fiscais, em especial o crescimento a geração de emprego, nos últimos anos o Distrito Industrial diante “atrapalhadas” de governo e desinformação empresas deixaram o município e algumas até mesmo o Estado e o país. Entre as empresas que recentemente fecharam suas portas no Distrito Industrial está a Ball, antiga Rexam, que produzia latinhas.

“Como atrair investimentos para nosso Estado, se a nossa Casa de Leis (Assembleia Legislativa) abre uma CPI a cada ano para investigar os incentivos, trazendo insegurança jurídica e afugentando quem quer investir no Estado. Aqui não defendemos o errado, quem sonega ou não cumpre a sua parte. O servidor público acha que não tem RGA por causa dos incentivos. Se falta dinheiro para saúde acham que é só cortar os incentivos. Alguns que nunca deram um emprego na vida ficam falando que o problema do Estado são os incentivos. Aqui na iniciativa privada tudo é pra ontem, o Estado preciso com urgência ser mais ágil e eficiente”, declarou Margareth Buzetti.

Ex-governador e senador de Mato Grosso e ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o empresário Blairo Maggi destacou que ao ver os nomes e sobrenomes dos presentes na posse da diretoria da AEDIC viu-se os mesmos empresários de quando em 2002, esteve no Distrito Industrial em campanha. “Não avançamos no Estado de Mato Grosso na indústria na velocidade que nós avançamos no campo. Não conseguimos fazer isso e tenho certeza que uma boa parte dessa frustação que nós temos em não termos transformado em um Estado industrial, como os nossos vizinhos, é pela visão ‘tacanha’ que a nossa política, que a nossa sociedade tem com respeito aos incentivos fiscais”.

Indignado, Maggi ainda pontuou que “as pessoas não sabem o que dizem. Não sabem o que defender e colocam a culpa das mazelas que o Estado de Mato Grosso tem nas costas dos empresários. Se não fossem os empresários, se não fossem os empreendedores, aqueles que fazem a economia deste Estado nós não teríamos recursos para absolutamente nada. É preciso que tenhamos programas de incentivos claros, transparentes, sérios e que tenham metas e metodologias. Nós não podemos ficar sem isso, porque se ficarmos sem isso o Estado vai empobrecer”.

Representando o governador Mauro Mendes, o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, destacou que o Executivo Estadual não irá medir esforços para o desenvolvimento do Estado. Ele salientou acreditar-se que a crise econômica vivida por Mato Grosso é a maior da história. “E é exclusiva do Governo do Estado, pois as prefeituras estão com os salários dos servidores em dia”, reforçou.

Conforme Mauro Carvalho, o Governo do Estado “sempre estará apoiando e dialogando para que não tenhamos outras indústrias indo embora como vimos em gestões passadas. É uma vergonha Mato Grosso ser o maior produtor de algodão do Brasil e não ter uma indústria de tecido”.

Durante a solenidade de posse da diretoria da AEDIC, o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, anunciou que já foi dada a ordem de serviço pelo Governo de Mato Grosso para a construção de uma sede do Corpo de Bombeiros para o Distrito Industrial, um dos pleitos da classe empresarial da região.

De acordo com o secretário de Cultura, Esporte e Turismo de Cuiabá, Francisco Vuolo, que representou o prefeito Emanuel Pinheiro, “não há como pensar em um Estado pujante sem os incentivos fiscais”. Para Vuolo este é o primeiro pilar para o desenvolvimento de um Estado, seguido de infraestrutura, que no caso de Mato Grosso deseja-se a expansão da Ferronorte ou Ferrovia Norte Brasil até Cuiabá e posteriormente para a região Médio-Norte. “Rondonópolis conta hoje com três Distritos Industriais. Este crescimento decorreu após a chegada dos trilhos”, colocou.

A diretoria da AEDIC eleita para o biênio 2019/2020 é composta pela empresária Margareth Buzetti, como presidente, juntamente com Domingos Kennedy, 1º vice-presidente, Fernando Kuzai, 2º vice-presidente, Daniel Locatelli, 1º diretor secretario, Heitor Trentin, 2º diretor secretário, Roberto Santiago, 1º diretor tesoureiro, Leonor D. Decésaro, 2º diretor tesoureiro, Alessandro Drescheonor, 1º diretor social, Rodrigo Nogueira, 2º diretor social e no Conselho Fiscal: Aldo Locatelli, Francisco Antônio de Almeida e Cristiane Marques Caldeira.

A eleição ocorreu no dia 29 de março e a posse contou com a presença de autoridades como o ex-governador de Mato Grosso e ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi, do secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, que representou o governador Mauro Mendes, o secretário municipal de Cultura, Esporte e Turismo, Francisco Vuolo, representando o prefeito Emanuel Pinheiro, o secretário-adjunto de Indústria e Comércio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Celso Banazeski, bem como do Comandante Geral da Polícia Militar de Mato Grosso, Coronel Assis, do secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, Alexandre Bustamante, e do Comandante do Corpo de Bombeiros, Coronel BM Alessandro Borges.





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