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Saúde
Quinta - 04 de Julho de 2019 às 10:17
Por: Da Assessoria/Dialum

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A cada ano, aproximadamente 60 mil mulheres são diagnosticadas com câncer de mama no Brasil. O tratamento teve uma evolução grande na última década, porém, enfrentar o trauma de uma cirurgia que irá afetar uma das partes do corpo mais associadas a feminilidade ainda gera bastante angústia.

Uma mastectomia, cirurgia para a retirada total da mama, ainda é necessária em alguns casos e pode afetar psicológica e emocionalmente a vida de uma mulher. A cirurgia de reconstrução da mama se torna fundamental para amenizar esses efeitos e aumentar a confiança da mulher durante o tratamento.

Médicos apontam que todas as mulheres podem e devem passar pelo processo de reconstrução de mama, independente do tamanho e tipo da lesão encontrada no órgão, sempre considerando as condições clínicas da paciente. E, ao contrário do que ocorria tempos atrás, hoje a reconstrução da mama pode ser realizada assim que a mulher faz a retirada da lesão, isto é, a paciente sai da cirurgia já com a mama refeita, em um processo chamado de oncoplastia.

“O conceito da cirurgia no tratamento do câncer de mama mudou. Há 30 anos, acreditava-se que a cirurgia era a grande ferramenta para a cura do câncer, por isso as incisões eram mais radicais e dava-se pouca importância ao resultado estético, porque existia a preocupação de ter que ser severo com o bisturi. Hoje, o entendimento é que a cirurgia é necessária, mas não é mais a principal ferramenta no tratamento do câncer, sendo importante para as mulheres a possibilidade de respeitar a integridade física e estética das mamas”, explica o mastologista Marcelo Mendes, que atua na Oncolog.

O médico aponta que o ideal para a paciente é fazer a reconstrução junto com a retirada da lesão ou tumor, de forma imediata. Adiar a cirurgia reparadora pode levar a desistência. “Por muitos motivos, entre eles, não querer voltar a uma sala de cirurgia, temer complicações, não ter o apoio de familiares, medo de interferir com o tratamento”. Aquelas que buscam a reparação mesmo de forma tardia irão encontrar uma solução que será discutida com o Mastologista.

Assim como as técnicas de mastectomia avançaram, evoluiu também a capacitação dos profissionais aptos a realizar este tipo de cirurgia. Com o avanço da ciência e da medicina, não é mais necessária a presença de um cirurgião plástico para a reconstrução da mama. Isto pode ser feito pelo próprio mastologista, com a devida preparação e capacitação. Na atualidade, os médicos com formação em Mastologia buscam adquirir a preparação para atuarem na reconstrução das mamas, capazes não só de retirarem as lesões ou tumores, mas realizarem as cirurgias reparadoras, colocar próteses, reduzir mamas, entre outras técnicas.

Como exemplo, para a remoção de um tumor da mama se usa a técnica de cirurgia estética para remodelar os seios sem causar deformidades. Uma mulher que tenha seios grandes e queira diminui-los, poderá aproveitar a mesma cirurgia e já fazer o procedimento, assim como outra que tenha o desejo de aumentar os seios.

Nas mulheres que precisam da retirada total da mama a mesma poderá ser refeita com próteses de silicone e até enxertos de tecido natural do próprio corpo, como exemplo a pele do abdome. “Este tipo de cirurgia, em muitos casos, precisa de um refinamento, isto é, outras técnicas que fazem o acabamento da cirurgia, como pigmentação da aréola quando é removida, enxerto de gordura para corrigir pequenas falhas. Técnicas adicionais para que a reconstrução fique o mais próximo possível do natural”, explica Marcelo Mendes.

O mastologista também esclarece que algumas crenças não são verdadeiras. “A cirurgia reparadora não atrasa a quimioterapia. Este tratamento pode ter início após 20 dias da cirurgia, mesmo colocando prótese de silicone. As próteses também não são fatores de risco de câncer. Hoje, os novos modelos de próteses de silicone têm garantia vitalícia para rotura, não é necessária a troca a cada 10 anos, como era antes”.

As cirurgias reparadoras estão entre procedimentos de cobertura dos planos de saúde.

Câncer de Mama

O câncer de mama é o tipo da doença mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma, correspondendo a cerca de 25% dos casos novos a cada ano. No Brasil, esse percentual é de 29%. Para 2018, são esperados 59.700 casos novos de câncer de mama no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença.

O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células da mama. Esse processo gera células anormais que se multiplicam, formando um tumor. Há vários tipos de câncer de mama. Por isso, a doença pode evoluir de diferentes formas. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem mais lentamente. Esses comportamentos distintos se devem a característica próprias de cada tumor.





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