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Agronegócios
Terça - 27 de Agosto de 2019 às 09:04
Por: Marianna Peres/Diário de Cuiabá

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As exportações de milho estão em alta desde o início do ano, em razão dos volumes significativos já movimentados, que somente em Mato Grosso aumentaram 166% na comparação entre os acumulados de janeiro a julho desse ano ante o mesmo intervalo do ano passado. Além do volume recorde embarcado pelo Estado, o que mais chama à atenção é que a demanda internacional começou de forma antecipada, já que a chamada janela de exportação só foi aberta com o início da colheita do cereal, em meados de maio.

Mato Grosso, maior produtor nacional do cereal, tem sido o fiel da balança do comércio exterior brasileiro e aponta crescimento anual de 166% sobre o volume enviado. Além de sustentar parte dos ganhos da pauta com as exportações do Estado, os embarques realizados de janeiro a julho correspondem a 53,16% de tudo que o País exportou no período.

Conforme análise do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) - baseada em dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) - no acumulado dos sete primeiros meses desse ano, o Brasil escoou 15,42 milhões de toneladas do cereal, tendo Mato Grosso como seu principal estado fornecedor, responsável por 53,16% dos envios brasileiros. "Com isso, o Estado levou ao exterior 8,19 milhões de toneladas de janeiro até julho, um incremento de 166,24% em relação ao mesmo período de 2018". Entre os maiores consumidores do cereal estão Irã e o Vietnã.

Os analistas explicam que um dos fatores que contribuiu para esse aumento foi o adiantamento da colheita, que proporcionou um grande volume disponível no mercado neste período, aliado ao bom volume já comercializado até o momento. "Com este início acelerado, a expectativa para os próximos meses é de que o ritmo nos embarques do milho continue firme, dada a abertura da janela de exportação e a grande disponibilidade do cereal no mercado”.

ANTECIPAÇÃO - Mesmo com a janela das exportações aberta em julho, mês bastante movimentado para o milho, janeiro segue registrando a maior movimentação do ano, com pouco mais de 3 milhões de toneladas exportadas, cereal remanescente da safra 2017/18. Julho, mês tido como fico dos embarques mato-grossenses do grão, enviou 2,57 milhões de toneladas.

Ainda como apontam os analistas do Imea, em sete meses de 2019, apenas em abril o volume embarcado em 2018 superou o registrado nesse ano. Nos outros seis meses, as exportações de 2019 se mostraram mais vultosas. Voltando ao exemplo de julho, em 2019 foram 2,5 milhões de toneladas contra 1,09 milhão de toneladas em igual mês do ano passado.

COMERCIALIZAÇÃO - No mercado disponível - safra 2018/19 - as vendas avançaram 6,18 pontos percentuais (p.p.) e representam 83,23% da safra já comercializada. Parte dos negócios foi destinada ao mercado interno com um preço médio de R$ 22,49/sc.

Em relação à safra 2019/20, as vendas alcançaram 32,38% da produção, após um avanço mensal de 5,78 p.p. "Ambas as safras continuam com as vendas avançadas, se comparadas ao ano anterior no mesmo período, com destaque para a safra 2018/19, com adiantamento de 8,36 p.p. a frente da safra 2017/18 e 11,68 p.p. se comparado a média dos últimos cinco anos. Apesar da queda no dólar e nas cotações da CME-Group, os produtores aproveitaram o momento para realizar o travamento de custos e garantir a comercialização antecipada do produto, o que refletiu em um preço médio comercializado de R$ 22,93/sc".

O preço do milho no Estado encerrou a semana passada com aumento de 5,48% e cotação média de R$ 23,51/sc, impulsionado pela valorização na B3 e no dólar. Na última semana, a colheita do milho mato-grossense para a safra 2018/19 exibiu avanço semanal de 2,10 p.p. e alcançou 99,81% da safra já colhida.





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