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Agronegócios
Quinta - 26 de Setembro de 2019 às 17:27
Por: Marianna Peres/Diário de Cuiabá

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A nova mato-grossense de soja já começa a germinar por todos os cantos do Estado. Apesar de o ritmo da semeadura ser o menor dos últimos cinco anos, os trabalhos estão sendo realizados em todas as setes regiões monitoradas pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) – centro sul, médio norte, nordeste, noroeste, norte, oeste e sudeste – e mesmo que o clima esteja longe do ideal para este início de plantio, a expectativa é mais um recorde em área, que se confirmado dele superar 9,77 milhões de hectares. Até o último dia 20, cerca de 0,28% da superfície estimada estava coberta em Mato Grosso.

Em Mato Grosso, com o fim do Vazio Sanitário no último dia 15, os produtores ficaram liberados para dar início a nova safra de soja. Mas em razão da forte estiagem, a maior parte do Estado esteve sem chuvas por mais de 100 dias seguidos e isso comprometeu a umidade do solo, freando e adiando o ‘start’ da semeadura para muitos sojicultores. “Em razão disso, temos atualmente um ritmo abaixo da média dos últimos cinco anos”. Até o momento, o Imea prevê que 27,22 mil hectares, ou 0,28% da área total estimada para a safra 2019/20, estão semeados, visto que grande parte dessas áreas é composta por lavouras irrigadas. Na safra 2018/19, este número já era de 79,58 mil hectares, ou 0,83% da área. “Entretanto, vale ressaltar que as condições climáticas eram favoráveis ao avanço da semeadura no mesmo período do ano passado, por exemplo”.

Entre as regiões, novamente o oeste lidera o plantio com 0,75% da área de 1,05 milhão de hectares cultivada, seguida pelo médio norte com 0,30%. Essa porção é a que concentra a maior área cultivada de seja em Mato Grosso, 3,27 milhões de hectares.

Como explicam os analistas do Imea, grande parte dos produtores está aguardando melhores condições climáticas para iniciar os trabalhos de campo. “Quem já plantou fica de olho no tempo, pois na medida em que os atrasos nas precipitações se estendem, eles podem dificultar a germinação e o desenvolvimento da oleaginosa. É um momento de ansiedade e cautela, visto que esta é uma das safras com os maiores custos da história em nosso Estado, com o hectare cotado a mais de R$ 3,4 mil considerando o custo operacional”.

Mesmo com o pontapé da nova safra já dado, os analistas reforçam que há muita expectativa em torno desses primeiros cultivos, pois a movimentação mais expressiva depende totalmente do clima, das chuvas, que até o último final de semana não eram favoráveis. “Considerando que o recomendável de chuvas para que o solo tenha uma reserva razoável de umidade para germinação das sementes é de 80 a 100 mm – segundo a Embrapa Cerrado –, as previsões climáticas do NOAA mostram acumulados de chuvas não satisfatórios no Estado para os próximos sete dias. De forma semelhante, as chuvas previstas para os próximos quinze dias estão abaixo da série histórica para o mesmo período, mostrando volumes menores que a média nas regiões nordeste, sudeste e centro sul. Assim, as projeções climáticas indicam que volumes pluviométricos suficientes só voltem a ocorrer no mês de outubro, ressaltando a importância do produtor estar atento ao momento certo de colocar as sementes no chão”.





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