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Economia
Quinta - 03 de Outubro de 2019 às 10:21
Por: Marianna Peres/Diário de Cuiabá

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Mais de 46% da população adulta de Mato Grosso fecharam o mês de julho com alguma conta atrasada. Conforme a Serasa Experian são 46,04% dos mato-grossenses na condição de inadimplentes, o maior percentual populacional do Centro-Oeste.

Em relação ao ranking nacional, o Estado ocupa a sexta posição. Roraima ainda é o estado com maior número de brasileiros negativados, com 56,3% da população adulta com dívidas em atraso. O Amazonas aparece em segundo lugar, com 54,3%, seguido por Amapá com 51,9%, Acre com 50,5% e o Rio de Janeiro com 47,3%. O menor percentual de endividados do país segue com Santa Catarina, cujo volume é de 32,7%.

Na análise anual, ante julho do ano passado, a inadimplência no Estado registrou uma leve variação, de 0,2%, ao passar de 46,2% para atuais 46,4%. Nacionalmente, Mato Grosso representa 1,8% do total dos negativados.

Na região, o segundo estado de destaque foi o Distrito Industrial com 43,7% da população adulta negativada, seguida por Goiás com 40,3% e Mato Grosso do Sul, 38,1%.

De acordo com a Serasa Experian, 63,3 milhões de brasileiros estavam com contas atrasadas e negativadas em julho de 2019. O crescimento foi de 2,7% com relação ao mesmo período do ano anterior. O número representa 40,5% da população adulta do país, que deve principalmente para instituições financeiras.

Se comparado a junho/2019, aproximadamente 100 mil pessoas deixaram os registros de contas atrasadas e negativadas – redução de 0,2% em julho/19. Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, ainda que o número esteja em um patamar bastante elevado, a expectativa é que o segundo semestre continue trazendo na comparação mensal uma redução pequena, mas gradativa por conta da melhora no cenário econômico. "Há a expectativa da liberação de parte do saldo do FGTS, 13º e os lotes remanescentes da restituição do imposto de renda, o que deve trazer um fôlego maior", diz Rabi.

Em julho/19, a representatividade do segmento de Banco e Cartões no montante de dívidas foi de 29,3% – o maior desde outubro/17, quando chegou a 29,6%. Já as Financeiras chegaram a 10,4%, o maior desde o início da série histórica, em março de 2016. Juntos, eles representam quase 40% das dívidas do país.

Para Rabi, o aumento da participação das instituições financeiras no total da inadimplência tem sido uma tendência marcante destes primeiros sete meses do ano. "O movimento revela a grande dificuldade que os brasileiros têm em não conseguir honrar nem os compromissos firmados com esta classe de credores, restringindo o acesso a crédito destas pessoas. Porém, é possível que os efeitos mitigadores anteriormente citados - liberação de parte do saldo do FGTS, o ingresso do 13º salário e os lotes remanescentes da restituição do imposto de renda – consigam, a partir dos próximos meses, estabilizar a inadimplência dos consumidores perante este segmento."

Na análise julho/2019 ante o mês anterior, o segmento de Utilities teve a maior variação, apresentando queda de 0,4 p.p. Bancos e Cartões (0,1 p.p), Telefonia (0,2 p.p), Serviços (0,1 p.p) e financeira (0,2 p.p) cresceram.





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