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Quarta - 09 de Outubro de 2019 às 10:58
Por: Douglas Trielli/Mídia News

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Alair Ribeiro/MidiaNews

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), disse que o ex-deputado José Riva negou a autenticidade de um aditivo de proposta de delação premiada, que teria sido encaminhado à procuradora de Justiça Ana Cristina Bardusco, chefe do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), no dia 27 de março deste ano.

Ambos se encontraram e conversaram, nesta semana, após a imprensa divulgar o documento. Nele, Riva revela o pagamento de propinas milionárias a 38 parlamentares e ex-parlamentares ao longo dos 20 anos em que ele esteve no comando do Legislativo. Os pagamentos ilícitos teriam chegado a R$ 175,7 milhões.

Segundo Botelho, membros do Ministério Público também não confirmaram a delação.

“Temos que aguardar para ver a autenticidade. Porque eu falei com alguns membros do Ministério Público e eles não confirmaram. Falei com o deputado Riva e ele também não confirmou, disse que não tem veracidade”, disse Botelho em conversa com a imprensa, na noite de terça-feira (08).

A única coisa que ele garantiu é que esse documento não procede. Então, estamos trabalhando com essa hipótese de que documento não seja real

“O documento não está assinado. Estamos vivendo uma onda de fakes. Então, temos que ter cautela antes de tecer qualquer comentário. O Riva disse que esse documento não procede. Então, estou acreditando nisso”, acrescentou.

Apesar de dizer que o ex-presidente da Assembleia negou a autenticidade do documento, Botelho disse não saber se houve ao menos uma tentativa de acordo de delação.

“Isso não sei. A única coisa que ele garantiu é que esse documento não procede. Então, estamos trabalhando com essa hipótese de que documento não seja real”, resumiu.

Para Botelho, a imagem do Legislativo não será arranhada com o episódio. Entretanto, disse que o caso mancha, sim, a imagem dos citados.

Sem mensalinho

O líder da Assembleia ainda negou que ainda ocorra, atualmente, a prática de mensalinho para apoiar o Governo do Estado.

Segundo ele, desde que entrou na Casa, em 2015, nunca ouviu falar sobre a prática.

“Não existe. Garanto para você. Vocês já viram alguém falar de mensalinho aqui dentro depois que entramos aqui? Não tem, se tiver, acaba alguém falando. São 24 deputados, um fala, outro fala. Na política, você não consegue segredo”, afirmou.

“Quando tem 24 sabendo, mais assessores que acabam sabendo, não mantém segredo. Igual quando tinha antigamente todo mundo sabia que tinha mesmo, porque saíam nos corredores os comentários aqui e ali. Então, hoje, não existe mensalinho dentro da Assembleia”, completou.





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