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Saúde
Terça - 17 de Março de 2020 às 15:59
Por: Da Assessoria

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Campanha Março Lilás tem como objetivo a conscientização sobre a importância de se detectar precocemente o câncer de colo de útero. Conforme explicou a médica oncologista clínica Laís Souza, que atende na clínica OncoLog, caso seja descoberto ainda no início, a chance de cura pode chegar a quase 100%. Ainda assim este câncer é quarta causa de mortes entre as brasileiras.

Por meio de exame denominado Papanicolau, é possível detectar lesões pré-malignas com potencial de se tornar um câncer, bem como lesões pequenas. Os métodos de tratamento são bem menos agressivos quando a doença é identificada antes de chegar ao seu estágio avançado.

“Quando essas lesões pré-malignas são ressecadas, cauterizadas e tratadas localmente de forma adequada, o risco de evoluir para câncer reduz significativamente. O Papanicolau identifica células soltas, células atípicas ou até mesmo células de câncer”, disse a especialista.

Ao menos 99% dos casos de câncer de colo de útero são decorrentes de infecções pelo vírus do papiloma humano (HPV). A doença é transmitida por meio de relações sexuais, mesmo com o uso de métodos de barreira, como a camisinha, o risco de transmissão ainda existe. O contato perineal, por exemplo, é o suficiente para que a infecção aconteça em caso de parceiro contaminado.

“A principal forma de prevenção é a vacinação, que foi introduzida no calendário vacinal brasileiro em 2014, devendo ser aplicada preferencialmente antes do primeiro contato sexual, pois está ligado à sua maior eficácia. Existem mais de 200 tipos do HPV, aproximadamente 40 deles infectam a região ânus genital. 70% dos cânceres de colo de útero são causados pelo tipo 16 e o 18. Esses dois são os principais alvos da vacina”, explicou.

No início, o câncer de colo de útero é geralmente assintomático. Apenas com o crescimento da lesão é que os primeiros sinais e sintomas começam a surgir. Sangramentos irregulares, dor em baixo ventre e secreções não habituais são motivos para visita a um especialista. Quando a doença progride além das fases iniciais, sintomas como dores lombares, edemas em membros inferiores e alterações renais também podem acontecer.

Devido ao fato de o câncer não apresentar sintomas no início, é que o exame Papanicolau é imprescindível. O Ministério da Saúde recomenda que mulheres que mulheres que possuem vida sexual ativa ou já tiveram alguma relação sexual na vida devem fazer o exame preventivo entre 25 e 64 anos.

No caso da agente administrativa Martha Silviany da Silva, 55, o alerta acendeu depois do surgimento de sangramentos irregulares. Ela visitou alguns médicos, que asseguraram que seu caso seria solucionado com o uso de medicamentos. No entanto, ela preferiu ouvir a opinião de mais de um especialista.

“Passei por várias avaliações, vários médicos falaram que não era nada, mas eu insisti porque sabia que não era normal. Fizeram uma biopsia e eu comecei meu tratamento. No começo foi uma sentença de morte, mas depois você vê que não é bem assim Busquei muita força em Deus e rezei para que colocassem os médicos e pessoas certas ao meu lado”, contou.

Sem a necessidade de cirurgia, Martha iniciou seu tratamento de quimioterapia e radioterapia na Oncolog. Ainda, foi até Goiânia por recomendação de seus médicos para passar por procedimento de braquiterapia, um tipo de tratamento com radiação interna na região da pelve.

Ela contou com satisfação que o tratamento foi melhor do que ela esperava, principalmente porque não teve os efeitos colaterais como queda de cabelo e perda de peso. Ainda, ressaltou que o período de tratamento foi importante para que ela se sentisse amada e acolhida.

“Eu continuo me tratando, não é porque eu estou boa que eu posso deixar de fazer o acompanhamento. Hoje eu sei que o câncer pode voltar, mas o importante para mim é o hoje. Eu deixei de ter pressa, deixei de ser ansiosa, hoje sou uma pessoa mais tranquila”, finalizou.

Para a médica especialista, a oncologia deve ser abordada de uma forma multidisciplinar, a fim de aprimorar o tratamento. Ela ressaltou que atualmente, é possível que um paciente com câncer faça o tratamento e tente levar a vida cotidiana o mais próximo do habitual, por meio de alguns ajustes com seu médico e equipe.

“A ideia do tratamento na Oncolog é que ele interfira o menos possível na qualidade de vida do paciente, priorizando sempre o seu bem-estar físico e emocional. Buscamos entender e aplicar todos os pilares do tratamento humanizado aqui, pois tratamos pessoas”, disse Laís Souza.





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