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Terça - 31 de Março de 2020 às 11:19
Por: Camila Ribeiro/Mídia News

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Fablicio Rodrigues/AL-MT
O presidente Eduardo Botelho, que defende isolamento parcial
O presidente Eduardo Botelho, que defende isolamento parcial

O presidente da Assembleia Legislativa Eduardo Botelho (DEM) afirmou que, em que pese o aumento no número de casos da Covid-19 (novo coronavírus) no País, não há que se pensar na possibilidade de promover um isolamento total em Mato Grosso.

O parlamentar considerou, principalmente, a situação daquelas pessoas que são autônomas ou que desempenham atividades informais e que enfrentarão maior dificuldade nesse período de pandemia.


“Não é simples você falar para a pessoa: ‘Fica em casa’. Se ela não tem o que comer, você acha que ela vai ficar em casa de braços cruzados? Não vai”, argumentou Botelho.

“Então, acho que deve haver, sim, uma abertura menor [do comércio], permitindo que alguns funcionem. Shopping, escola, acho que não é o caso. Os ônibus penso que devem circular só com pessoas sentadas, sem aglomeração em pé, porque é um grande foco de contaminação. Tudo isso tem que ser evitado”, acrescentou.

Não é simples você falar para a pessoa: ‘Fica em casa’. Se ela não tem o que comer, você acha que ela vai ficar em casa de braços cruzados? Não vai

O presidente pontuou, ainda, dados do Ministério da Saúde que apontam que o período crítico da doença no Brasil deve se estender até o mês de outubro.

“Não podemos fazer um trancamento total. 100% parado não dá. Porque ninguém sabe o prazo disso. Quanto tempo vai levar? 30, 60, 90, 120 dias? Não aguentamos ficar até outubro parados”, disse.

“Mas conseguimos, sim, fazer um isolamento de locais de maior aglomeração, de pessoas mais vulneráveis. Enfim, esse é um trabalho que dá e pode ser feito daqui para frente. E liberar os que tem menos riscos”, afirmou.

Ainda segundo o presidente, em meio ao período de crise, a Assembleia tem duas comissões atuando, de modo a encontrar meios de contornar a crise que atingirá Mato Grosso nos próximos meses.

“Temos a comissão da saúde e um observatório social. Precisamos trabalhar nas duas pontas, no combate ao vírus - com o isolamento - e também com o social. Precisamos acompanhar a questão social, como está a vida dessas pessoas que estão isoladas. Estão tendo o que comer? O que o Governo pode fazer para ajudar?”, questionou.

Segundo ele, nos próximos dias, o observatório deve apresentar propostas ao Governo do Estado – como distribuição de sacolões, ampliação em programa de transferência de renda, por exemplo – para ajudar aquelas em maior situação de vulnerabilidade.





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