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Economia
Quinta - 23 de Abril de 2020 às 17:50
Por: Por Dejane Arnhold, TV Centro América

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Picanha — Foto: Mariane Rossi/G1
Picanha — Foto: Mariane Rossi/G1

O consumo de carne caiu nas últimas semanas em todo o país e isso ainda é reflexo do momento econômico que estamos passando devido à pandemia de coronavírus.

De acordo com o Sindicato dos Frigoríficos, o consumidor também tem mudado os hábitos, deixando de lado cortes que são considerados mais caros, geralmente aqueles mais comuns em churrascos entre amigos, ou em comemorações de fim de semana, eventos que estão suspensos temporariamente.

“Houve uma diminuição de consumo muito significativo e isso refletiu no preço, sem dúvida nenhuma. Uma adequação de preços e de consumo. Os cortes nobres, como a picanha, o filé mignon, aqueles mais caros tradicionalmente, deixaram de ter consumo. Então nós adaptamos os preços. Os cortes menos nobres são mais procurados hoje”, explica o presidente do Sindifrigo, Paulo Bellincanta.

De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o número de animais abatidos no estado caiu quase 4,5% na última semana. Entre os motivos, sete frigoríficos que continuam com as atividades suspensas ou estão em férias coletivas. Há outras indústrias que diminuíram os abates porque adotaram medidas de prevenção como, por exemplo, o distanciamento entre os funcionários que trabalham na linha de produção. Com o consumo fraco, a tendência das empresas é frear a produção e diminuir os estoques para não ter carne sobrando nas gôndolas.

Quanto as exportações, dados do Ministério da Economia e Comércio Exterior mostram que houve um recuo expressivo nos embarques de carne do Brasil para outros países nos primeiros 15 dias de abril, uma redução de quase 30%. Um dos países que têm negociado menos e que é um mercado importante para Mato Grosso é o Irã. De fevereiro para março, o país reduziu em mais de 70% as compras de carne bovina de Mato Grosso.

“As vendas caíram internacionalmente. A Europa zerou. O Irã é uma questão da pandemia, dos portos trancados e de políticas de proteção da saúde que impactam diretamente nas questões da economia”, diz Paulo Bellincanta.





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