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Policia MT
Sábado - 16 de Maio de 2020 às 06:47
Por: Amanda Divina/Folha Max

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A família da jovem Daiane Tonetta Neitzke, de 26 anos, contesta que ela teria tirado a própria vida no dia 4 deste mês na casa do namorado policial civil, Sanderson Castro, no bairro Jardim Guanabara, em Cuiabá. Os parentes revelam que ela era aconselhada a terminar o relacionamento.

No dia da morte da jovem que sonhava em ser maquiadora, ela enviou um áudio exatamente às 12h08 para a sobrinha momentos antes de efetuar o disparo. Na gravação, a mulher relata que amava a menina de cinco anos que é filha do seu irmão e sua afilhada.

Essa teria sido a sua última mensagem após ter tido um desentendimento com o seu namorado. "Meu amor, eu te amo tá? Tudo que aconteceu, a titia te ama muito. A titia te ama mais do que qualquer coisa na vida. Eu te amo tá", disse em áudio.

O irmão da jovem, Anderson Tonetta, contou que Daiane diariamente era vista com hematomas roxos pelo corpo e que a família nunca aprovou o seu relacionamento com o policial civil lotado na Polinter. "Ela sempre tava com marcas roxas. Eu falava pra ela largar esse cara. Mas quando ela largava dele, ela sempre acabava voltando pra ele", disse em entrevista ao programa Cadeia Neles (10.1).

Os familiares entraram em contato com o policial e questionaram se ele teria agredido a irmã durante o relacionamento dos dois. No entanto, Sanderson negou as agressões.

Durante a ocorrência, os policiais atenderam inicialmente o chamado de que um homem teria feito a sua esposa de refém no bairro Jardim Guanabara. No entanto, após a chegada das guarnições militares, foi constatado de que a jovem teria tirado a própria vida.

De acordo com o tenente-coronel Guimarães, comandante do 1º Batalhão da PM, quando os policiais chegaram ao local já encontraram a mulher sem vida. “Não sabemos exatamente o momento do óbito. Assim que recebemos o chamado, tomamos as medidas necessárias, acionando todas as equipes possíveis, mas ao chegarmos ao local a jovem já se encontrava em óbito”, detalhou o tenente-coronel, explicando a presença de policiais do Bope, Rotam, e uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) no local.

Daiane teria utilizado uma arma de fogo que seria do policial civil. Ela era natural de Acorizal, porém morava na capital com o namorado.

Conforme as informações preliminares, Daiane tinha um relacionamento conturbado e o policial não permitiria o contato da jovem com algumas pessoas. "Ela era uma menina bonita e chamava a atenção de todo mundo. Além de bonita, ela não ligava se a pessoa era rica ou pobre, ela tratava com educação", afirmou o irmão.

Quando teria ocorrido o disparo que matou a mulher, o policial civil e dono da casa encontrava-se do lado de fora do imóvel acompanhado de uma guarnição da Polícia Militar, acionada pelo próprio policial para atender a situação. Daiane teria entrado na casa e ido para a parte de cima da residência e se recusava a descer de um dos cômodos.

O policial civil e os militares aguardavam a chegada do Bope para iniciar as negociações para ela aceitar sair do local. Além da equipe plantonista da Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHHPP), a Corregedoria da Polícia Civil também foi acionada para acompanhar o caso. A Polícia Civil encaminhou as quatro cápsulas encontradas na residência para perícia.

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