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Domingo - 27 de Setembro de 2020 às 09:10
Por: Mikhail Favalessa/RD News

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Os partidos políticos precisarão fazer, pelo menos, 10 mil votos entre nominais e de legenda para conseguir eleger no mínimo um vereador em Cuiabá na eleição de 15 de novembro. Esse é o cálculo do quociente eleitoral, que estipula o número de votos para cada cadeira conquistada na votação para a Câmara Municipal.

Diferente de prefeitos com seus vices e da suplementar ao Senado, que são cargos majoritários, a eleição para vereador é proporcional e tem regras próprias. Para este ano passa a valer a regra da reforma eleitoral de 2015 que proíbe coligações nas proporcionais.

O quociente eleitoral é calculado pelo número de votos válidos dividido pelo número de vagas disponíveis, que são 25 em Cuiabá. O calculou os votos válidos (89,78%) utilizando os percentuais de abstenção (19,91%), brancos (4,19%) e nulos (6,03%) da votação de 2016. Chegou-se a 10,8 mil votos.

O quociente partidário, que é o número de vagas de cada sigla, é calculado pela divisão dos votos válidos pelo quociente eleitoral. Ou seja, para uma vaga, 10,8 mil votos. Depois de definido o número de cadeiras de cada partido, o quociente partidário, pega-se a votação nominal de cada candidato e os primeiros colocados dentro de cada sigla são considerados eleitos.

Reprodução

Francisco Faiad e Maestro Fabricio

Os presidentes municipais do MDB, Francisco Faiad, e do PDT, Maestro Fabrício, que falam sobre projeção para eleição de vereadores nas eleições

O maestro Fabrício Carvalho, presidente municipal do PDT e pré-candidato a vice-prefeito de Cuiabá, estima que o número de votos necessários para eleger um vereador deve ser maior, em razão do provável crescimento da abstenção neste ano. O partido trabalha para fazer entre 11 e 12 mil votos para cada cadeira, e espera, “trabalhando bastante forte”, conseguir eleger entre três e quatro parlamentares.

“Nossa chapa está muito bacana do ponto de vista da qualidade. São 30 pré-candidatos, respeitando a proporção de mulheres. Ficamos um ano fazendo formação, estimulando a boa leitura, e tem muita gente jovem, de primeiro mandato, tem também um vereador, o Lilo Pinheiro, presidente da CCJ, que ajudou na formação desses pré-candidatos”, afirmou Fabrício.

O maestro destacou que há pessoas “de todas as matrizes e estéticas”. Mulheres ligadas aos movimentos de empoderamento feminino, da saúde, de jovens, advogados, profissionais liberais, artistas, gente da televisão, líderes comunitários, do comércio, entre outros estão entres os pré-candidatos. Na majoritária, o maestro disputa ao lado de Gisela Simona (PROS), que ele concorda que pode puxar votos para a proporcional.

O presidente municipal do MDB, o advogado Francisco Faiad, calcula uma quantidade menor: 10 mil votos. Ele aponta que a pandemia deve provocar maior volume de abstenções. “Vamos investir em todos os vereadores, respeitando os 30% para as mulheres e com 70% de homens, e vamos com força”, afirmou.

A expectativa do partido, que tem o prefeito Emanuel Pinheiro na disputa pela reeleição, é também fazer três ou quatro vereadores em Cuiabá.

Sem voto, sem posse

Pelas regras deste ano, sem coligação, 23 dos 31 partidos existentes em Cuiabá não teriam elegido qualquer vereador em Cuiabá em 2016. A reforma também colocou uma espécie de nota de corte para evitar que os famosos “puxadores de voto”, aqueles candidatos com popularidade extrema e que ajudam a eleger outros parlamentares, consigam dar cadeira a gente sem representação suficiente.

Para tomar posse, é necessário que, além de figurar entre os primeiros colocados na votação em relação ao partido, o candidato também deverá ter recebido pelo menos 10% do quociente eleitoral. Em Cuiabá, isso representa 1.087 votos pelos cálculos feitos pela reportagem.





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