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Segunda - 28 de Setembro de 2020 às 15:26
Por: Assessoria de Imprensa Sebrae/MT

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Além de ser um projeto ambiental da maior relevância por promover a conscientização ambiental com foco numa economia sustentável, o Recicla Verdinho, implantado no município de Campo Verde (a 140 km de Cuiabá), tem gerado uma economia considerável para as famílias dos alunos do Centro Educacional Paulo Freire.

O projeto foi construído pela prefeitura municipal através de parceira com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Mato Grosso (Sebrae/MT), no âmbito do programa Cidade Empreendedora e Sustentável – eixos Sustentabilidade e Fortalecimento da Agricultura Familiar -, tendo como braço financeiro cooperativa Sicredi Vale do Cerrado.

Inicialmente, o projeto piloto foi implantado no Centro Educacional Paulo Freire, envolvendo 320 alunos, das séries dos quarto e quinto anos, 12 professores e dois coordenadores.

Os alunos recolhem material reciclado – garrafas pet, latas de alumínio, embalagens Tetra Pak e de produtos de limpeza – e depois de lavados fazem a troca por um voucher chamado Verdinho. Dez unidades rendem um Verdinho que, por sua vez, vale R$ 1,00. Já foram trocados 12.686 volumes e 1.424 verdinhos foram distribuídos – a diferença ocorre porque em alguns casos, os responsáveis pela troca arredondam para mais ou para menos, dependendo da situação.

O Verdinho serve como “moeda” para a compra exclusiva de produtos da agricultura familiar na Feira Municipal da cidade. Posteriormente, os agricultores trocam o “Verdinho” na agência local do Sicredi.

Laura da Costa Rocha, 10 anos, aluna do 5° ano, tem garantido boa parte da alimentação de quase toda a família, até porque todos estão envolvidos na coleta que beira ou ultrapassa das 500 peças por semana. Ela mora com os avós e uma tia, mas outros tios e também primos que não estudam na escola onde o projeto está sendo desenvolvido ajudam na coleta do material.

Resultado, a feira é farta e todos se beneficiam. Aos sábados, a família inteira almoça junto e muitos ainda levam coisas para casa. A tia de Laura, Priscila Leite Rocha, 34, que é professora de matemática, revela que gastavam entre R$ 50 e R$ 60 por semana na feira, agora esse dinheiro é usado para comprar outras coisas. Laura destaca ainda que o projeto ajuda a natureza, na medida em que o material é reciclado reduzindo assim a poluição. Ela conta que já tinha a cultura da reciclagem em casa e agora só ampliaram as práticas.

Já Breno Henrique Marques dos Santos, 9, aluno do 4° ano, revela que não colocava em prática os cuidados ambientais e começou a fazer isso com o projeto. Ele também envolve toda a família e já chegou a coletar 790 peças, a maioria latas de alumínio.

Desde que o projeto começou, vai à feira toda semana e compra tudo com o Verdinho. “Sempre sobra e deixo alguns para a semana seguinte”, conta animado, acrescentando que, no último sábado (19), comprou até um frango caipira. Sua mãe, Francielly Fernanda Marques, 31, diz que o Verdinho tem ajudado bastante na economia da casa. Compram, em média, R$ 50 em produtos na feira toda semana.

Segundo Breno, antes compravam tudo no mercado e agora passaram a ir à feira toda semana. “Adoro verduras e legumes e a variedade na feira é grande. Além disso, os produtos são mais fresquinhos”, constata, ciente de que não se trata apenas de uma troca, mas de uma ação em prol do meio ambiente.





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