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Meio Ambiente
Sexta - 02 de Outubro de 2020 às 11:02
Por: Por G1 MT

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Foto aérea mostra a fumaça das queimadas ao redor do rio Cuiabá, em Poconé (MT), no Pantanal — Foto: Amanda Perobelli/Reuters
Foto aérea mostra a fumaça das queimadas ao redor do rio Cuiabá, em Poconé (MT), no Pantanal — Foto: Amanda Perobelli/Reuters

Um estudo liderado por pesquisadores da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) concluiu que as queimadas no Brasil impedirão o país de honrar o Acordo Climático de Paris.

Segundo a Unemat, o Brasil sempre queimou suas florestas, campos e pastagens. As evidências são citadas no estudo, publicado na renomada revista científica de acesso aberto e com variados temas de ciências naturais e clínicas, pode ser acessado aqui.

Entre os anos de 1999 a 2018 os pesquisadores avaliaram os focos de calor em todos os seis biomas brasileiros (Pampa, Mata Atlântica, Caatinga, Pantanal, Cerrado e Amazônia) e suas emissões, utilizando diversos dados provenientes de vários satélites.

Com base nesses levantamentos os cientistas realizaram uma projeção para 2030 onde estimaram que o Brasil emitirá, naquele ano, 5,7 gigatoneladas de dióxido de carbono somente como resultado das queimadas.

É importante considerar que pelo Acordo de Paris, em 2030, o Brasil precisa emitir apenas 1,2 gigatoneladas. Assim como vale lembrar que cada gigatonelada corresponde a um bilhão de toneladas.

Segundo o professor da Unemat, Carlos Antonio da Silva Junior, doutor em Agronomia e autor principal da pesquisa, estes números impressionam e evidenciam a ausência de uma ampla política de combate aos incêndios no país que vem ocorrendo desde governos passados.

Par ele, os estudos demonstram que ‘não conseguiremos atingir as metas do Acordo Climático de Paris’.

A pesquisa ainda contou com cientistas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e da Université Rennes 2 (França).

Acordo de Paris

O Acordo de Paris aprovado, em 1992, por 195 países que participam da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC) para reduzir emissões de gases de efeito estufa (GEE) no contexto do desenvolvimento sustentável estabelece o compromisso de manter o aumento da temperatura média global em bem menos de 2°C acima dos níveis pré-industriais e de envidar esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.

Três meses antes de terminar, 2020 já é o ano com o maior número já visto de focos de incêndio no Pantanal: de 1º de janeiro até 30 de setembro, foram 18.259 focos. Antes disso, o maior número havia sido registrado ao longo de todo o ano de 2005: 12.536. A alta é de cerca de 46%.





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