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Economia
Quarta - 21 de Outubro de 2020 às 12:21
Por: Marianna Peres/Diário de Cuiabá

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A evolução mensal é a maior observada entre os estados do Centro-Oeste e destaque no ranking nacional
A evolução mensal é a maior observada entre os estados do Centro-Oeste e destaque no ranking nacional

O comércio varejista mato-grossense cresceu 10,5% em agosto na comparação com o mês anterior.

A evolução mensal é a maior observada entre os estados do Centro-Oeste e destaque no ranking nacional.

Essa expansão permitiu que o saldo acumulado dos oitos primeiros meses desse ano se tornasse positivo em 3,2%, apesar dos impactos causados pela pandemia.

O saldo de Mato Grosso de janeiro a agosto, por exemplo, é dos poucos positivos registrados pela Pesquisa Mensal do Comércio, do IBGE, até agosto.

O volume de vendas do varejo foi positivo em 25 das 27 unidades da Federação, com destaque para Acre (15,6%), Rondônia (12,8%) e Amapá (12,1%). Pressionando negativamente estão Tocantins (-2,4%) e Rio Grande do Sul (-0,2%).

No país, o segmento cresceu 3,4%, em agosto, na comparação com julho, a quarta alta mensal seguida, após quedas influenciadas pela pandemia em março e abril.

Com o resultado, o setor atinge o maior patamar de vendas desde 2000, ficando 2,6% acima do recorde anterior, de outubro de 2014.

Na comparação com agosto de 2019, o comércio cresceu 6,1%, terceiro resultado positivo consecutivo.

No acumulado do ano, o setor registrou menor ritmo de queda (-0,9%), enquanto nos últimos 12 meses, acumula crescimento de 0,5%, após três meses de estabilidade.

“O varejo em abril teve o pior momento, com o indicador se situando 18,7% abaixo do nível de fevereiro, período pré-pandemia. Esses números foram sendo rebatidos nos meses seguintes, até que em agosto o setor ficou 8,2% acima de fevereiro”, explica o gerente da PMC, Cristiano Santos.

Cinco das oito atividades pesquisadas tiveram alta na passagem de julho para agosto.

Entre as que apresentaram maior crescimento estão tecidos, vestuário e calçados (30,5%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (10,4%), móveis e eletrodomésticos (4,6%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,5%) e combustíveis e lubrificantes (1,3%).

O gerente da pesquisa diz ainda que fatores como o aumento da renda devido ao auxílio emergencial e a alta dos preços também têm influenciado o desempenho do varejo, especialmente o setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que recuou 2,2% de julho para agosto, impactado pela inflação dos alimentos.

“Os produtos de supermercados têm uma elasticidade alta, um arroz mais caro é substituído por outro mais barato, mas o consumidor continua comprando. Os supermercados continuam próximos da margem, mesmo em queda, não sentem tanta diferença quanto em outras atividades”, explica Santos, complementando que o crescimento nas vendas de móveis e eletrodomésticos pode ser consequência da renda extra do auxílio emergencial, utilizada pelas famílias para reposição de produtos antigos.

Os demais setores em queda foram artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-1,2%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-24,7%).





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