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Judiciário e Ministério Público
Quinta - 22 de Outubro de 2020 às 09:52
Por: Por Yasmim Oliveira, Centro América FM

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A mulher, que é professora, foi presa ao chegar na escola em que trabalha, em Sorriso — Foto: Polícia Civil de MT/Assessoria
A mulher, que é professora, foi presa ao chegar na escola em que trabalha, em Sorriso — Foto: Polícia Civil de MT/Assessoria

Uma mãe foi condenada a 14 anos de prisão e o padrasto a 13 anos por tentarem matar a filha adotiva com um fio de ventilador e simularem o suicídio dela em Sorriso, no norte do estado. Foram mais de 15 horas de julgamento, realizado na terça-feira (20).

O caso ocorreu em agosto de 2017, quando, segundo o Ministério Público, o casal tentou asfixiar a menina, que na época tinha 11 anos.

Com a decisão, o padrasto segue preso, mas o advogado de defesa dele disse que vai recorrer da sentença para anular o júri. A mãe também poderá recorrer da decisão.

A mãe havia alegado que a filha tinha tentado tirar a própria vida, com o fio do ventilador. No entanto, assistentes sociais, enfermeiros e outros profissionais relataram que desconfiavam da versão contada pela família.

A criança ficou internada por quase um mês em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital em Cuiabá sem condições de falar por causa dos ferimentos.

Conforme denúncia do MP, além de maltratar, a mãe teria assistido o companheiro dela asfixiar a menor com o fio e não fez nada para impedir.

Padrasto e mãe são suspeitos de enforcarem menina com fio de ventilador e simularem suicídio em Sorriso — Foto: Polícia Civil de MT/Assessoria

Padrasto e mãe são suspeitos de enforcarem menina com fio de ventilador e simularem suicídio em Sorriso — Foto: Polícia Civil de MT/Assessoria

Agressão e enforcamento

Na época dos fatos, o casal declarou ter ocorrido uma tentativa de suicídio, onde supostamente a menina teria se enforcado. A Polícia Civil suspeitou do caso ao analisar câmeras de videomonitoramento. O casal demorou duas horas para pedirem socorro.

Antes, 40 minutos após o crime, os suspeitos chegaram a chamar um pastor evangélico para 'expulsar um demônio do corpo da menina'.

Durante a internação da vítima, a família disse que a menina teria ‘caído’ da cama quando estava acompanhada da mãe.

Após receber alta, a adolescente disse à Polícia Civil que no dia do suposto enforcamento ela teria mexido em uma caixa de DVDs do padrasto e, por conta disso, apanhou e foi enforcada com o fio do ventilador.

Segundo o delegado da Polícia Civil, André Eduardo Ribeiro, a mãe participou de forma omissa na tentativa de homicídio. No momento do crime a mãe acompanhava tudo na sala, cantando enquanto a menina era enforcada.

Ainda, a menina relatou que apanhava muito da mãe adotiva e do padrasto e era obrigada a fazer todas as tarefas domésticas.





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