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Economia
Quinta - 12 de Novembro de 2020 às 18:54
Por: Marianna Peres/Diário de Cuiabá

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Houve registro de altas significativas nos preços da carne, do óleo, do feijão e do pão francês
Houve registro de altas significativas nos preços da carne, do óleo, do feijão e do pão francês

A cesta básica em Cuiabá atingiu em outubro um novo recorde de preços, ao bater média de R$ 575,1.

Na comparação anual, houve alta de 26%, ou de pesados R$ 119,6.

A perda do poder de compra foi promovida por altas significativas, como as observadas no óleo, 81%, no feijão, 52,2%, na carne, 31%, e no pão francês, 15%.

O conjunto de alimentos tidos como essenciais a um adulto pelo período de um mês é formado por 13 itens.

Com a variação contabilizada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e comparando o comportamento mensal de preços realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) – ambos utilizam a mesma metodologia –, pode-se inserir o valor da cesta cuiabana no ranking nacional.

Ao atingir R$ 575,1, a cesta se tornou a quinta mais cara do País, atrás do registrado em São Paulo, R$ 595,87; Rio de Janeiro, R$ 592,25; Florianópolis, R$ 584,76; e Porto Alegre, R$ 581,39.

Mato Grosso exibe ainda o maior valor do Centro-Oeste, já que, na sequência, estão Vitória, R$ 552,85, e Goiânia, R$ 537,61.

Devido à pandemia do coronavírus, o Dieese suspendeu, em 18 de março, a coleta presencial de preços da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.

Desde então, a entidade realiza uma tomada especial de preços a distância para verificar o custo da cesta básica em 15 das 17 capitais onde o levantamento é mensalmente realizado.

Nas cidades de São Paulo e Belém, a pesquisa tem sido feita presencialmente, mas com menor número de pesquisadores e em horários em que os estabelecimentos comerciais estão mais vazios.

As feiras livres, que fazem parte da pesquisa regular, não estão sendo pesquisadas em nenhuma cidade.

Os dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (tomada especial devido à pandemia do coronavírus), realizada pelo Dieese, indicaram que, em outubro, os preços do conjunto de alimentos básicos, necessários para as refeições de uma pessoa adulta (conforme Decreto-lei 399/1938) durante um mês, aumentaram em 15 capitais pesquisadas.

Em Salvador (-1,05%) e Curitiba (-0,60%), o custo da cesta básica diminuiu.

Em São Paulo, capital onde foi realizada coleta presencial, a cesta custou R$ 595,87, com alta de 5,77% na comparação com setembro. No ano, o preço do conjunto de alimentos subiu 17,64% e, em 12 meses, 25,82%.

Com base na cesta mais cara que, em outubro, foi a de São Paulo, o Dieese estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.005,91, o que corresponde a 4,79 vezes o mínimo vigente, de R$ 1.045,00.

O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças.

O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta, em outubro, foi de 108 horas e 02 minutos, maior do que em setembro, quando ficou em 104 horas e 14 minutos.

Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (alterado para 7,5% a partir de março de 2020, com a Reforma da Previdência), verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em outubro, na média, 53,09% do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta.

Em setembro, o percentual foi de 51,22%.





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