Custo de vida
Preços da cesta básica recuam 1,31% na Capital no mês de fevereiro Na comparação anual, há alta de 20,84% sobre o conjunto de alimentos que ainda soma mais de R$ 600
Depois de bater o recorde de preços em janeiro, ao atingir R$ 611,7 a cesta básica em Cuiabá registrou um leve recuo - 1,31% - na passagem de janeiro para fevereiro, exibindo novo valor, R$ 603,4.
Apesar da retração mensal, o conjunto de alimentos ainda exibe peso na comparação anual, com alta de 20,84%.
Em fevereiro de 2020, a cesta estava cotada em média a R$ 499,7 na Capital.
Os dados são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Com o preço apurado no mês passado, a cesta cuiabana é a 6ª mais cara do País.
Considerando o novo salário mínimo de R$ 1.100, o cuiabano está despendendo 54% do piso apenas para aquisição da cesta básica.
No mês passado, dos 13 itens que compõe a cesta básica, sete deles apresentam variação negativa, sendo a mais significativa a do tomate, em -12,7%.
Os outros seis tiveram majoração, sendo a mais expressiva a do feijão, 2,9%.
Integram a cesta básica: carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, tomate, pão francês, café em pó, banana, açúcar, óleo e manteiga.
Como o Imea segue a mesma metodologia do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que elabora a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, é possível fazer comparativo entre o valor da cesta básica em Cuiabá dentro do ranking nacional.
Nele, a cesta cuiabana é a 6ª mais cara, atrás do registrado em Florianópolis (R$ 639,81), São Paulo (R$ 639,47), Porto Alegre (R$ 632,67), Rio de Janeiro (R$ 629,82) e Vitória (R$ 609,27).
Assim como em janeiro, Cuiabá segue exibindo a cesta básica mais cara entre as capitais do Centro-Oeste.
Em Brasília o valor médio foi de R$ 591,44, em Goiânia, R$ 560,67 e em Campo Grande, R$ 551,58.
DIEESE - Entre janeiro e fevereiro de 2021, o custo médio da cesta básica de alimentos diminuiu em 12 cidades e aumentou em outras cinco, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Dieeseem 17 capitais.
As maiores reduções foram registradas em Campo Grande (-4,67%), Brasília (-3,72%), Belo Horizonte (-3,16%), Vitória (-2,46%) e Goiânia (-2,45%).
A capital onde ocorreu a maior alta no mês foi João Pessoa (2,69%), mas a cesta mais cara foi a de Florianópolis.
Em 12 meses, ou seja, entre fevereiro de 2020 e fevereiro de 2021, o preço do conjunto de alimentos básicos teve alta em todas as capitais da pesquisa, mas foi no Sul que a cesta acumulou as maiores taxas.
Em Florianópolis, subiu 29,74%, em Porto Alegre, 28,37%, e em Curitiba, 27,88%. Nos dois primeiros meses 2021, as capitais do Sul também acumulam as maiores altas: Curitiba, 6%, Florianópolis, 3,94% e Porto Alegre, 2,76%.
A maior queda no mesmo período foi de -4,32%, em Campo Grande. Com base na cesta mais cara que, em fevereiro, foi a de Florianópolis, o Dieese estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.375,05, o que corresponde a 4,89 vezes o mínimo vigente, de R$ 1.100,00.
O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças. Em janeiro, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.495,52, ou 5,00 vezes o mínimo vigente.
O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta, em fevereiro, ficou em 110 horas e 22 minutos, menor do que em janeiro, quando foi de 111 horas e 46 minutos.
Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%), verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em fevereiro, na média, 54,23% do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta.
Em janeiro, o percentual foi de 54,93%.
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