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Economia
Sábado - 13 de Março de 2021 às 08:47
Por: Marianna Peres/Diário de Cuiabá

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Gustavo Duarte
Conforme a pesquisa, o Estado, em 2020, teve o maior índice de desemprego da série histórica desde 2012
Conforme a pesquisa, o Estado, em 2020, teve o maior índice de desemprego da série histórica desde 2012

Mato Grosso está entre os 20 estados brasileiros que registraram, em 2020, taxas recordes de desemprego.

No ano marcado pela pandemia do novo coronavírus, a taxa no Estado fechou o período em 9,7% sobre a população em idade de trabalhar – acima de 14 anos -, ante 8% no ano anterior.

Os dados são do IBGE e foram divulgados na quinta-feira (11), por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).

Conforme a pesquisa, o Estado, em 2020, teve o maior índice da série histórica desde 2012.

Foram 5,5% em 2012, 4,4% em 2013, 4% em 2014, 6,1% em 2015, 9,4% em 2016, 9% em 2017, 7,9% em 2018, 8% em 2019 e 9,7% em 2020.

Apesar de histórico, o percentual de desocupados em Mato Grosso foi o menor registrado pelo IBGE no Centro-Oeste, já que O Distrito Federal teve o maior percentual, 14,8%, seguido por Goiás, 12,4% e Mato Grosso do Sul, 10%.

A taxa mato-grossense, mesmo recorde, ficou abaixo do apurado no País, que, na média nacional, registrou 13,5%.

Conforme o IBGE, a taxa média de desocupação em 2020 foi recorde em 20 estados, acompanhando a média nacional, que aumentou de 11,9% em 2019 para 13,5% no ano passado, a maior da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012.

As maiores taxas foram registradas em estados do Nordeste e as menores, no Sul do país. Esses resultados decorrem dos efeitos da pandemia de Covid-19 sobre o mercado de trabalho.

Em 2020, as maiores taxas de desocupação ficaram com Bahia (19,8%), Alagoas (18,6%), Sergipe (18,4%) e Rio de Janeiro (17,4%), enquanto as menores com Santa Catarina (6,1%), Rio Grande do Sul (9,1%) e Paraná (9,4%).

No intervalo de um ano, a população ocupada reduziu 7,3 milhões de pessoas no país, chegando ao menor número da série anual (86,1 milhões).

Com isso, pela primeira vez, menos da metade da população em idade para trabalhar estava ocupada no país. Em 2020, o nível de ocupação foi de 49,4%.

O nível de ocupação ficou abaixo de 50% em 15 estados, sendo todos do Nordeste, cinco do Norte e o Rio de Janeiro. Em Alagoas, apenas 35,9% das pessoas em idade para trabalhar estavam ocupadas.

No Rio de Janeiro, apenas 45,4% tinham um trabalho. Já Mato Grosso foi o estado com maior nível de ocupação (58,7%) no ano passado.

Essa queda da ocupação foi disseminada por todos os trabalhadores.

A taxa média de informalidade também recuou, passando de 41,1% em 2019 para 38,7% em 2020, somando ainda 39,9 milhões de pessoas.

Os informais são os trabalhadores sem carteira, trabalhadores domésticos sem carteira, empregador sem CNPJ, conta própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar.

Nas regiões, a taxa média nacional de informalidade foi superada em 19 estados, variando de 39,1%, em Goiás, até 59,6% no Pará.

Em sete desses estados, a taxa ultrapassou 50% e apenas São Paulo (29,6%), Distrito Federal (28,2%) e Santa Catarina (26,8%) tiveram taxas de informalidade abaixo de 30%.

“A queda da informalidade não está relacionada a mais trabalhadores formais no mercado. Está relacionada ao fato de trabalhadores informais terem perdido sua ocupação ao longo do ano.

Com menos trabalhadores informais na composição de ocupados, a taxa de informalidade diminui”, explica a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, lembrando que informais foram os primeiros atingidos pelos efeitos da pandemia.





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