Justiça arquiva inquérito contra Blairo por "doação" milionária vinda de delatores Declarações de delatores foram "vagas e genéricas" impedindo avanço das investigações
O juiz da 51ª Zona Eleitoral de Cuiabá, Jorge Alexandre Martins Ferreira, arquivou um inquérito que investigava o ex-governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PP), por uma suposta doação ilegal de R$ 3 milhões durante sua campanha ao Senado em 2010 – da qual saiu vencedor.
As investigações incluíam o ex-governador Silval Barbosa, vice que havia assumido o Governo do Estado no início de 2010 com a saída de Maggi para disputar o Senado, e que tentava a reeleição como governador naquele pleito. Ele também teria se beneficiado da suposta doação ilegal.
Jorge Alexandre Martins justificou o arquivamento revelando que os indícios de doação ilegal, relatados colaborações premiadas do ex-governador Silval Barbosa e executivos do grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, foram “vagas”, e descritas de forma “genérica e superficial”. Os irmão sJoesley e Wesley são delatores premiados na Operação Lava Jato.
“Esgotadas as diligências investigatória da alçada da polícia investigativa, a autoridade policial ponderou que as afirmações dos envolvidos versam sobre fatos descritos de uma forma genérica e superficial, não informando dados consistentes e elementos probatórios mínimos sobre a prática do delito, nenhuma indicação de linha investigatória se vislumbra profícua nesse momento. Assim, por consequência lógica, afigura-se inviável o prosseguimento da investigação criminal iniciada por representação genérica”, explicou o magistrado.
Apesar de revelaram a suposta doação de campanha ilegal em suas colaborações premiadas, nenhum dos delatores disseram “se lembrar” de quando o valor teria sido pago.
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