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Repórter News - reporternews.com.br
Judiciário e Ministério Público
Quinta - 12 de Agosto de 2021 às 10:41
Por: Arthur Santos da Silva/Olhar Direto

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A Corregedoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) deve avaliar possível investigação em face da juíza aposentada, Selma Arruda, tendo como base troca de mensagens com o ex-secretário de Segurança de Mato Grosso, Rogers Jarbas. Há suspeita de indicação para cargos. Ao Olhar Jurídico, a juíza afirmou que não houve indicação de funcionário fantasma.

As informações foram reveladas em inquérito que investiga Jarbas. A Polícia Civil já enviou cópias dos autos à Corregedoria do Tribunal de Justiça. Segundo relatório produzido no âmbito da Operação Esdras, que investiga interceptações ilegais em Mato Grosso, caso conhecido como Grampolândia Pantaneira, número indicado como “Dra Selma” entrou em contato no dia 28 de julho de 2017, às 22h, com Jarbas, perguntando com quem ela deveria falar “para mexer em um dos cargos”. A juíza aposentada prosseguiu, “preciso exonerar uma moça e nomear outra”.

Jarbas respondeu por um áudio que não foi recuperado pela perícia. Logo em seguida, contato identificado como Selma agradeceu e informou que a pessoa a ser exonerada tinha o nome de Ismaela de Deus Souza Teixeira da Silva, e a pessoa a ser nomeada Mônica Furtado de Oliveira.

Jarbas então pergunta “para quem a Elenir deve ligar?”. O ex-secretário prosseguiu, “vamos resolver isso na segunda”. Segundo relatório, tudo indica que Elenir se trata da servidora que ocupava o cargo de chefe de Gabinete na secretaria de Segurança Pública. Selma então responde: “ para mim”. O investigado, às 0h34, envia: “a disposição dra”.

No dia 30 de agosto de 2017 a pessoa identificada como “Elenir IPC GAB SESP” enviou mensagem ao investigado “dra selma mandou mensagem via zap informando exoneração e nomeação. Ela já falou com vc?”. Jarbas respondeu: “já falei com a dra Selma pode providenciar a mudança”.



No dia 28 de julho de 2017, Selma enviou mensagem perguntando se havia algum problema do investigado atestar “o ponto” de dois cargos “cedidos”, ao invés do “CIRA”. Jarbas respondeu que atesta todo mês e não vê problema, “basta entregar em mãos no meu gabinete”.



O Olhar Jurídico apurou que Selma foi ouvida recentemente e prestou informações sobre a relação com Jarbas.

Selma


Ao Olhar Jurídico, Selma afirmou que não havia funcionário fantasma. Os citados trabalhavam para o Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos do Estado do Mato Grosso (CIRA).





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