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Judiciário e Ministério Público
Quinta - 07 de Outubro de 2021 às 13:14
Por: Da Redação

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O juiz da 24ª Zona Eleitoral de Alta Floresta (800 KM de Cuiabá), Tibério de Lucena Batista, determinou o arquivamento de um inquérito que investiga uma suposta “compra de votos” que favoreceu o então candidato ao Senado, Carlos Fávaro (PSD-MT). O suplente a deputado estadual de Mato Grosso, Romoaldo Júnior (MDB), teria realizado o ato ilícito durante a eleição suplementar de 2020, que elegeu Fávaro à Câmara Alta (como também é conhecido o Senado).

Segundo informações, o próprio Ministério Público Eleitoral (MPE) não identificou elementos que pudessem comprovar a suposta compra de votos. As investigações contaram com “agentes infiltrados” da Polícia Federal (PF) na campanha de Fávaro realizada no norte do Estado. “Isso posto, diante da inexistência de elementos mínimos que respalde o prosseguimento do feito, nos termos da manifestação do Ministério Público, determino o arquivamento dos presentes autos”, determinou o juiz eleitoral.

De acordo com o processo, a suspeita de compra de votos foi relatada pelo candidato ao Senado derrotado nas eleições de 2020, Nilson Leitão (PSDB). As suspeitas fizeram com que a Polícia Federal abrisse um inquérito para apurar o caso. Segundo os relatos, o senador Carlos Fávaro, juntamente com Romoaldo Júnior, teria arquitetado um suposto repasse de recursos a vereadores aliados. Os pagamentos seriam realizados em Alta Floresta, base eleitoral de Júnior.

Leitão, que já representou Mato Grosso na Câmara dos Deputados em dois mandatos, revelou um suposto repasse aos vereadores com a promessa de que “puxariam voto” para Carlos Fávaro. O encontro teria ocorrido em 31 de outubro de 2020 entre Romoaldo Júnior e seus aliados políticos.

Os advogados de Nilson Leitão forneceram áudios de conversas entre dois candidatos a vereador - Klayton Melz Alves Arruda (DEM), de Nortelândia (230 KM de Cuiabá), e Luiz Carlos de Queiroz (MDB), então candidato à reeleição ao cargo de vereador em Alta Floresta -, à Procuradoria Regional Eleitoral.

Com base nas informações, policiais federais se deslocaram até Alta Floresta no dia 31 de outubro de 2020 e ficaram atentos às reuniões político/partidárias que ocorreriam no município naquela data. Posteriormente, no entanto, os agentes receberam a informação de que Carlos Fávaro e Romoaldo Júnior encontravam-se em Paranaíta (839 KM de Cuiabá), e que posteriormente seguiriam para Carlinda (759 KM da Capital).

A Polícia Federal chegou a realizar diligências em hotéis à procura dos candidatos, sem sucesso. Outra informação, de que ambos estariam numa comunidade em Carlinda, fez com que parte dos policiais se deslocassem até o município, e que o suposto encontro seria realizado numa residência atribuída a Romoaldo Júnior. Os agentes fizeram “campana” nos endereços do suplente a deputado estadual, porém, a reunião não foi concretizada, o que levou o Ministério Público a promover o arquivamento do inquérito.

“Em que pesem as suspeitas sobre a suposta distribuição de recursos em troca de apoio do candidato ao Senado Carlos Fávaro, a despeito das diligências supramencionadas, não foi possível comprovar a ocorrência de tal fato”.





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