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Quarta - 01 de Agosto de 2012 às 20:37

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O tique de Victor Oyas foi resolvido com uma cirurgia que durou menos de três horas
O tique de Victor Oyas foi resolvido com uma cirurgia que durou menos de três horas

O médico americano Victor Oyas passou por uma cirurgia recentemente para curar uma contração muscular facial que atormentou sua vida por décadas. O pediatra percebeu, há cerca de 20 anos, que seu olho esquerdo tinha um pequeno tique. Ao longo do tempo, o problema se espalhou por sua bochecha esquerda atingindo a região do queixo. As informações são do Daily Mail.

A origem do problema foi descoberta pelo neurocirurgião Neil Martin, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA). A causa estava em três artérias que pressionavam um nervo na face do paciente, o que fazia com que espasmos acontecessem. O tique foi resolvido com uma cirurgia que durou menos de três horas. Usando uma minúscula "almofada" de teflon, Martin criou uma barreira entre os vasos sanguíneos e nervos, o que foi capaz de curar a contração em um instante.

O paciente disse à ABC que não prestou muita atenção às contrações logo que elas apareceram, afinal "todos temos um tique estranho de vez em quando", afirmou. No entanto, quando o tique se espalhou pelo rosto, tudo pareceu mais constrangedor. "Os pacientes me diziam: doutor, você está se contraindo", conta.

Embora o cirurgião Martin diga que este problema é de fato "um acidente da natureza", Martin também apontou que uma contração muscular pode de fato tornar-se tão socialmente debilitante que as vítimas não querem sair de casa. Oyas tentou resolver o problema sozinho com relaxantes musculares e Botox, mas ambos tinham desvantagens - os primeiros davam sono, e o segundo durava apenas alguns meses.

Inicialmente, a cirurgia pareceu complicada. Contudo, em vez de realizar um processo invasivo como uma craniotomia (abertura cirúrgica do crânio), o Dr. Martin teve a ideia de inserir o bloco de teflon por uma pequena incisão acima da orelha do paciente e colocá-lo em um espaço que ele criaria entre os vasos e os nervos. Usando proteínas encontradas em coágulos sanguíneos, os médicos separaram cuidadosamente as artérias e os nervos e colaram a almofada no local. "Uma vez que a pressão é aliviada, os nervos se curam sozinhos", explicou Martin.

Oyas confirmou que sentiu os resultados logo após a cirurgia e, dez dias depois, afirma estar satisfeito com os resultados. "Eu posso sorrir melhor. Há muitos anos não me sentia tão bem" afirmou.





Fonte: Terra

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