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Judiciário e Ministério Público
Segunda - 18 de Outubro de 2021 às 20:12
Por: Diego Frederici/Folha Max

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O juiz da 5ª Vara Federal da Seção Judiciária de Mato Grosso, Jeferson Schneider, absolveu o empresário do ramo de fomento mercantil Lucival Cândido Amaral, que realizava transações com “políticos famosos” do Estado, sem autorização dos órgão de controle para operar financeiramente. Entre os “parceiros financeiros” do empresário estão o ex-governador Júlio Campos (DEM) e o ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), José Riva.

O juiz Jeferson Schneider explicou que dos nove fatos suspeitos imputados a Lucival, quatro deles prescreveram – não houve tempo hábil entre o ato criminoso e o recebimento da denúncia no Poder Judiciário. Além disso, conforme o magistrado, somente três fatos ficaram comprovados nos autos, porém, o juízo da 5ª Vara Federal não possuía a competência para julgar os casos. “No caso dos autos, além do possível crime de usura, também pode ter sido cometido, em tese, o crime de extorsão. Porém, em face da falta de narrativa na denúncia e da incompetência do juízo, essa questão não pode, nesses autos, ser enfrentada”, diz trecho da decisão.

De acordo com informações da denúncia, Lucival Cândido Amaral foi investigado numa das fases da operação “Ararath”, e foi acusado de captar R$ 2,9 milhões para o então deputado federal Júlio Campos, no ano de 2011, além de também emprestar R$ 100 mil ao ex-secretário de Mobilidade Urbana de Cuiabá, Antenor de Figueiredo Neto, bem como outras movimentações financeiras que contaram, inclusive, com outro empresário de fomento mercantil (factoring), Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o “Júnior Mendonça”. Em depoimento realizado no ano de 2014, Júnior Mendonça informou ao Ministério Público Federal que um depósito de R$ 700 mil foi efetuado em uma conta de sua empresa, a Globo Fomento, por parte da empresa LD Fomento, a mando de Júlio Campos para quitação de um empréstimo.

A informação consta na delação premiada feita pelo empresário para os procuradores federais Vanessa Zago, Ronaldo Pinheiro Queiroz, Eduardo Pellela, Gustavo Pessanha, Denise Slhessarenko e ao delegado federal Wilson Rodrigues de Souza Filho. A LD Fomento pertencia a Lucival Cândido Amaral.





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