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Saúde
Terça - 17 de Julho de 2012 às 18:17

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EFE
Estudo indica que filhos mais pesados aumentam a quantidade de hormônios relacionados com o câncer.
Estudo indica que filhos mais pesados aumentam a quantidade de hormônios relacionados com o câncer.

Um estudo da Universidade do Texas em Galveston (EUA) indica que ter filhos pesados mais do que dobra as chances de uma mãe ter câncer de mama. O motivo, acreditam os pesquisadores, é o "ambiente hormonal" criado durante a gestação que favorece o desenvolvimento e a progressão da doença. O estudo foi divulgado nesta terça-feira na revista científica Plos One.

Segundo a universidade, o estudo poderá ajudar na predição e prevenção da doença décadas antes dela surgir. "Nós descobrimos que mulheres com grandes bebês (os pesquisadores consideraram aqueles com mais de 3,74 kg ao nascer) tiveram aumentados os níveis de hormônios que criam um "ambiente pró-carcinogênico". Isso significa que elas têm grandes níveis de estrogênio, baixos de anti-estrogênio e a presença de fatores de crescimento semelhantes à insulina que são associados ao câncer de mama", diz Radek Bukowski, líder do estudo.

"As mulheres não podem mudar seus hormônios na gestação, mas podem dar alguns passos na proteção geral contra o câncer de mama", diz o pesquisador. Bukowski lembra que pesquisas mostram que a amamentação, ter mais de um filho, seguir uma dieta saudável e fazer exercícios são práticas que diminuem o risco de desenvolvimento de tumores.

Os pesquisadores estudaram 410 casos de mulheres que tiveram filhos na cidade de Framingham entre 1991 e 2008 e usaram dados da primeira e segunda avaliação trimestral de risco para aneuploidia - um tipo de anormalidade cromossômica - (Faster, na sigla em inglês), que têm dados de 24 mil mulheres.

Cerca de 7,6% das mulheres de Framingham analisadas tiveram câncer - e o risco de desenvolvimento da doença foi 2,5 vezes maior naquelas com filho mais pesado em comparação com as demais. O estudo ainda indicou que o peso da mãe não influi no risco. Nos dados da Faster, havia um risco maior (25%) de crescimento na quantidade de células que teriam relação com o desenvolvimento dos tumores de mama.

"Recentes estudos indicam que as células-tronco do seio, que estão envolvidas na origem do câncer de mama, podem aumentar ou diminuir seu número em resposta à exposição a hormônios, inclusive aqueles durante gestação", diz Bukowski.





Fonte: EFE

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