Parece só um detalhe da placa, que muita gente ignora.
“Selo de segurança? Não sei não”, diz uma mulher.
“Eu não sei qual é o objetivo dele não”, confessa um homem.
O lacre é garantia de que a placa é mesmo daquele veículo. O Denatran determinou que o modelo antigo fosse substituído até o fim do ano passado, mas ainda tem Detran fazendo a troca.
O lacre novo é colorido e tem um número de identificação, para evitar clonagem. Por isso o selo tem que estar bem amarradinho.
Depois de uma batida, Branca mandou o carro para o lanterneiro, que acabou mexendo na placa. Branca tirou o carro da oficina e circulou durante um mês sem nem imaginar que está cometendo qualquer irregularidade.
Mas a motorista caiu em uma blitz e veio a desagradável surpresa. O lacre só parecia estar inteiro, mas o arame estava solto atrás da placa. Foi o policial quem viu. “Ele me chamou e perguntou se eu era realmente a proprietária do veículo. Aí eu já percebi que tinha alguma coisa acontecendo. Ele me mostrou que o lacre estava rompido. O carro foi embora e eu fiquei sem carro”, conta Branca.
Pelo menos o lanterneiro assumiu o prejuízo: reboque, diária do pátio, multa de R$ 127 e os sete pontos na carteira.
Em uma Blitz em Belo Horizonte, nos primeiros quinze minutos um carro com o lacre violado já foi para o reboque. Solange ficou surpresa: “No emplacamento eu lembro que coloca esse selinho, agora não sei mais nada a respeito disso. Eu nunca me preocupei com isso, na verdade”, conta.
Para os motoqueiros, o risco é do arame se partir sozinho: “Nem presto atenção não”, diz um rapaz.
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