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Segunda - 02 de Julho de 2012 às 09:08
Por: Romilson Dourado

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  O ex-vereador Totó Parente usou o PMDB em causa própria, fez lambança, promoveu discórdia interna e acabou não tirando tanta vantagem no processo eleitoral em Cuiabá como se imaginava. Por fim, o partido do governador Silval Barbosa ficou numa situação tão desgastante e sem força política que, ao invés de projeto próprio, se tornou coadjuvante do petista Lúdio Cabral, com a indicação do advogado Francisco Faiad como vice da chapa.

 

   Nos bastidores, Totó esteve o tempo todo se articulando. Queria ser o vice de Mauro Mendes (PSB). Após quase uma década morando fora de Cuiabá, ele retornou à capital e iniciou a movimentação.

   Foi um dos conspiradores da pré-candidatura do empresário Dorileo Leal. Só se contentou quando o tirou do páreo na esperança de, em reconhecimento pelo esforço, ser escolhido como vice de Mauro, líder nas pesquisas de intenção de voto. Como foi carimbado como responsável por minar o projeto inicial e ficou numa saia-justa, Totó assumiu para si a responsabilidade de ser o candidato, o que deixou contrariado o governador e até provocou gozação entre os peemedebistas por entender que não teria a mínima chance de êxito nas urnas.

   Em busca de aliados, Mauro abriu diálogo com o PMDB e PR, mesmo sob críticas de que estaria se juntando a partidos considerados adversários. O empresário até conseguiu fechar acordo com o PR para este não indicar o vice, abrindo espaço para o PMDB. Levou a proposta para o governador, que se manifestou favorável. Mauro, por sua vez, impôs uma condição: que o vice não fosse Totó. O socialista fez questão de dizer isso pessoalmente ao ex-vereador. Totó não aceitou e avisou que, então, seria candidato a prefeito e que iria para o enfrentamento. Fontes asseguram que Totó foi ao governador e, ao contrário do que dissera Mauro, mentiu, ao declarar que o empresário não queria o PMDB. Silval, por sua vez, acreditando na versão do aliado político, pediu que Totó tomasse a decisão, mesmo que fosse por projeto próprio. Foi aí que Totó blefou. Já sem respaldo, preferiu levar o partido para composição com Lúdio.

   Fora do palanque

   No PT, a articulação agora é para evitar que Totó e o cacique peemedebista Carlos Bezerra subam no palanque de Lúdio. Muitos militantes avaliam que os dois puxam a candidatura para baixo porque enfrentam desgaste e estão "queimados" politicamente. Discute-se até a estratégia de buscar orientação do secretário de Comunicação do Estado, marqueteiro Carlos Rayel, no sentido deste pedir para Bezerra e Totó ficarem escondidos, ou seja, não fazer campanha em Cuiabá.

   Rayel conseguiu essa proeza em 2008, na campanha vitoriosa de Zé do Pátio à Prefeitura de Rondonópolis. Mesmo com base eleitoral no município, Bezerra enfrentava forte desgaste e sua presença junto com Pátio mais atrapalhava do que ajudava. Rayel era o marqueteiro da campanha. O hoje secretário teve a coragem de "ordenar" a Bezerra que mantivesse a distância. Agora, quatro anos depois, petistas defendem essa tese em Cuiabá e pretendem pedir socorro para Rayel que, de certa forma, se tornou orientador do grupo de Bezerra.





Fonte: RDNEWS

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