Ayres Britto classifica de grave as ameaças a juiz do caso Cachoeira
O presidente do Conselho Nacional de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, ministro Ayres Britto, classificou nesta terça-feira (19) como de "gravidade qualificada" o caso do juiz Paulo Augusto Moreira Lima que deixou a ação que investiga o empresário Carlinhos Cachoeira.
Segundo o jornal "O Estado de S. Paulo", o juiz pediu para sair do caso afirmando ter recebido ameaças contra ele e sua família.
"É um caso de gravidade incomum. Na linguagem jurídica, de gravidade qualificada. Não se pode ameaçar, do ponto de vista da integridade física e nem moral ou psicológica, nenhum julgador. Muito menos o julgador e sua família", disse Ayres Brito.
O presidente do Supremo afirmou que a corregedora-geral do CNJ, Eliana Calmon, está analisando o caso.
O líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), também afirmou que vai pedir para que o juiz seja ouvido na CPI do Cachoeira.
"Os integrantes da quadrilha são pessoas extremamente perigosas e com um poderio econômico enorme. Não é à toa que muitos dos seus integrantes estão presos preventivamente até hoje. E olha que teve juiz que quis soltar o Carlinhos Cachoeira, que é o chefe da quadrilha", disse o deputado.
Moreira Lima era substituto da 11ª Vara Federal em Goiás, onde foi responsável pelas escutas telefônicas da Operação Monte Carlo e pela prisão de Cachoeira, em fevereiro.
O juiz foi transferido para a 12ª Vara Federal em Goiás. O pedido de afastamento foi feito pelo Moreira Lima à Corregedoria do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (Brasília) no dia 13 de junho.
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