Um homem suspeito de ser um dos líderes da quadrilha, que foi preso no Mato Grosso, já havia sido condenado a 43 anos de prisão por um duplo homicídio, mas cumpria a pena em regime aberto. Outro dos líderes também cumpre pena em liberdade e foi preso nesta quarta. "Essa era uma quadrilha especializada em roubo, eles migraram para o tráfico de drogas. São violentos, nota-se pelas quatro armas apreendidas hoje", afirma o delegado Eduardo Passos.
Motocicleta apreendida na Operação Orador
(Foto: Katherine Coutinho/G1)
A PF pediu à Justiça o bloqueio e congelamento dos bens dos integrantes da quadrilha. Entre eles, estão uma fazenda e gado no Mato Grosso, dois condomínios de apartamentos na Iputinga, no Recife, além de outros imóveis e aproximadamente 22 veículos. "Um dos pontos principais dessa operação foi descapitalizar a quadrilha", lembra o delegado.
Os suspeitos vão ser indiciados por tráfico internacional de drogas, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e, quatro deles, por porte ilegal de arma de fogo.
Tráfico internacional
A quadrilha negociaria cocaína vinda da Bolívia. Ao longo da operação, foram apreendidos 290 quilos da droga. "Inicialmente, acreditávamos que a quadrilha tinha uma atuação local, apenas em Paudalho. Ao investigarmos, descobrimos que era em toda a Região Metropolitana. O líder ia à Bolívia, onde negociava a droga que era trazida para o Brasil em aviões, que sobrevoavam em baixa altitude e soltavam em fazendas específicas", detalha o delegado. A droga era então encaminhada para o Mato Grosso e chegava a Pernambuco escondida em fundos falsos de carros e também em caminhões frigoríficos de marcas conhecidas. "Eram caminhões terceirizados, a transportadora já está sendo acionada também", diz Eduardo.
Comentários