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Economia
Terça - 03 de Abril de 2012 às 13:48
Por: Leandro J. Nascimento

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Leandro J. Nascimento/G1
Preço do combustível e manutenção contribuíram para alta
Preço do combustível e manutenção contribuíram para alta

Os custos com frete para escoamento da safra até os portos cresceram 109% entre 2003 e 2011 em Mato Grosso, de acordo com um levantamento do Movimento Pró-Logística da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja). Em oito anos, o custo do frete saltou de US$ 62 para US$ 130 por tonelada. A alta, puxada por fatores como preço de combustíveis, manutenção de máquinas, entre outros, onerou o setor produtivo e fez com que o produtor rural desembolsasse cifras maiores para a operação.

O valor, segundo explica Edeon Vaz Ferreira, coordenador-executivo do Movimento Pró-Logística da Aprosoja, tem como base as despesas na hora de transportar grãos de Sorriso, a 420 quilômetros de Cuiabá, até o porto de Paranaguá. Além do preço mais alto, tornaram-se maiores também os desembolsos quando a conta leva em consideração o valor aplicado por cada hectare. Se em 2003 o produtor aplicava US$ 187 por hectare para calcular o frete, em 2011 terminou em US$ 390, alta de 108%.

“Vários fatores puxaram a alta no preço dos fretes. O maior percentual é de combustível, pneus, mão de obra. Houve ainda aumento de salários, por exemplo”, disse Edeon Ferreira.

A condição das rodovias utilizadas para o transporte de grão também exerce influência na conta final, conforme destaca o coordenador-executivo do Movimento Pró-Logística. “Quanto piores as estradas, maior o custo de manutenção e mais caro é o frete. O valor é expressão da lei da oferta e demanda. Existe uma concentração na época da colheita. Não se deixa de mandar caminhões para estradas boas para enviá-los a outras em péssimas condições”, contextualizou Ferreira.

Para Daniel Sebben, gerente da Comissão de Logística e Estratégias de Desenvolvimento da Aprosoja, além de pagar mais o produtor mato-grossense também precisa se preocupar em assumir a diferença gerada pela oscilação de câmbio entre o real e o dólar.

“Toda projeção [de despesas] é feita em cima do dólar. Quanto mais valorizado o real, mais o frete impacta. A conta paga pelo produtor é em dólar porque os preços cobrados pelos produtos transportados são nesta moeda”, pontuou, em entrevista ao G1.

Estradeiro Aprosoja
Os dados do frete foram apresentados pelo Movimento Pró-Logística durante encontro com produtores rurais em Sorriso, na programação do Estradeiro Aprosoja. Uma comitiva formada pela associação, pela Federação da Agricultura e Pecuária (Famato) e sindicatos rurais viaja de Mato Grosso em direção ao estado de Rondônia. O objetivo é avaliar o andamento das obras nas rodovias que representam para o setor uma opção na hora de baratear as despesas relacionadas ao transporte de grãos, como a BR-242.

A rodovia federal ligando Sorriso à região do Araguaia foi a primeira a ser visitada. Na unidade federada sua extensão é de aproximadamente 600 quilômetros. Dois trechos estão com as obras concluídas – entre Sorriso a Nova Ubiratã, e Querência a BR-158. Os investimentos aproximam-se do total de R$ 600 milhões.





Fonte: Do G1 MT

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