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Economia
Quarta - 14 de Março de 2012 às 05:16
Por: Monique Cavalcante

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Em audiência pública realizada nessa terça-feira (13.03), na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, apresentou os desafios que a crise global ainda impõe ao Brasil. Entretanto, apresentou também um cenário favorável, de superávit comercial e crescimento do PIB de até 4,5%, segundo ele, fruto do excelente desempenho agrícola e das exportações de commodities.

Entre as metas para 2012 estão o controle da inflação, a flexibilização do crédito, estabilidade da moeda e implementação de programas sociais.

O principal desafio para o crescimento, de acordo com Mantega, está na melhoria da infraestrutura. O governo deve trabalhar, ressaltou o ministro, na redução do custo da logística nos portos, ferrovias e aeroportos e também os custos de energia elétrica, gás e petróleo.

Mas, segundo Blairo Maggi, o aumento do prazo para incidência do IOF de 6,0% sobre empréstimos em moeda estrangeira de até cinco anos - uma das medidas adotadas pelo governo para dar continuidade às reservas internacionais-, preocupa o setor de exportação.

“É uma medida bastante prejudicial para os exportadores. Primeiro o governo cobrou IOF por operações de dólar no Brasil de até dois anos, depois ampliou para operações de pré-pagamento no exterior, também de até dois anos. E agora, elevou a régua para operações de até cinco anos. Nós (enquanto exportadores), vamos pagar 6,0% de IOF sobre as operações e isso chega a ser mais caro que próprio custo do dinheiro”, alertou Maggi.

Para o líder do PR, é como se o governo estivesse forçando as exportadoras a se financiarem com recursos de curto prazo, assumindo o risco de uma crise financeira que - se acontecer - os bancos não renovarão essas linhas em curto prazo.

“Esse cenário fará com que as empresas assumam o prejuízo correndo o risco, inclusive, de quebrarem. Pela lógica, quanto maior o prazo, menor o risco das crises cambiais”, disse o senador.

Em concordância, o ministro reconheceu o prejuízo trazido ao setor exportador e explicou a necessidade do governo em tomar medidas capazes de manter o patamar do cambial. “É possível aperfeiçoar esses instrumentos de controle para que a exportação, responsável por geração de empregos e impostos de grande vulto, não seja prejudicada”, concluiu Guido Mantega.






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