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Nacional
Quarta - 22 de Fevereiro de 2012 às 12:02

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Uma promessa que engana muita gente aqui e fora do país: a de uma vida melhor. No Paraná, o Ministério Público investiga casos de exploração e trabalho escravo de empregadas domésticas paraguaias.

Muitos prédios e casas em Foz do Iguaçu escondem uma ilegalidade facilitada pela proximidade com o Paraguai: centenas de mulheres paraguaias trabalham como domésticas para famílias de brasileiros sem a documentação exigida pelas autoridades.

Em uma loja no Paraguai, a balconista diz que conhece várias mulheres que têm emprego em cidades brasileiras. Ela indica uma agência de empregos que recruta empregadas dispostas a trabalhar no Brasil. A mulher que atende o telefone explica que cobra R$ 90 para conseguir uma doméstica paraguaia.

O Ministério Público do Trabalho notificou 50 condomínios em Foz do Iguaçu para saber se os moradores mantém empregadas domésticas estrangeiras de forma ilegal. A ação foi motivada por denúncias de que paraguaias receberiam menos que as brasileiras; de que seriam impedidas de sair dos apartamentos e das casas - o que caracteriza cárcere privado. Além disso, há relatos de trabalho comparável ao de escravos.

“Temos dois tipos de problemas: um prejuízo ao trabalhador estrangeiro que tem sua dignidade vilipendiada, porque não recebe os direitos que ele tem e que são lhe devidos por lei, e de outro lado o próprio trabalhador brasileiro, principalmente, os domésticos brasileiros que também têm uma concorrência desleal”, disse Enoque Ribeiro do Santos, procurador do Ministério Público do Trabalho.





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