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Nacional
Sábado - 18 de Fevereiro de 2012 às 19:42
Por: ANDRÉ CARAMANTE

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"Foi uma segunda tragédia, um segundo choque para a família inteira. Isso em apenas seis dias. Até agora custamos a acreditar em tudo o que aconteceu."

É assim que a depiladora Célia Galasso, 53, tenta definir o assassinato de sua prima, a jogadora veterana de vôlei Magda Galasso Gomes, 53, e a descoberta de que o filho da vítima foi o autor do crime, segundo a polícia.

Executiva da Unilever por 32 anos, Magda foi morta a facadas há uma semana, no apartamento onde vivia, em Perdizes, zona oeste.

Até anteontem, parentes e polícia pensavam que Magda, jogadora de vôlei do Palmeiras, morrera ao defender o filho, Kléber Tadeu Galasso Gomes, 22, de um criminoso.

Estudante de direito, Gomes jogava basquete no Palmeiras e namorava uma estudante do 5º ano de medicina.

APÁTICO

"No velório e no enterro, pensávamos que o menino estava apático por estar em choque pela morte de mãe. Mas agora passamos a tentar entender como ele se manteve daquele jeito, bem distante o tempo todo", disse Célia.

"Ele demonstrava estar fora de si e todos nós fomos solidários. Foi um choque imenso saber que ele teve coragem para matar e se comportar daquele jeito", continuou.

CONTRADIÇÃO

Anteontem, ao prestar novo depoimento ao DHPP (departamento de homicídios), Gomes se contradisse sobre a dinâmica do crime no apartamento e não sustentou mais a versão de que um criminoso havia matado sua mãe.

O rapaz ajudou a polícia a fazer um retrato falado do criminoso, que, segundo ele, seria ligado ao tráfico de drogas.

Gomes disse à polícia que levou-o ao apartamento da mãe para "dar um susto" nela, pois, nas suas palavras, ela "pegava em seu pé".

  Reprodução/Facebook.com  
Magda Galasso, jogadora que foi morta pelo filho em sua casa no último sabado (11)
Magda Galasso, jogadora que foi morta pelo filho em sua casa no último sabado (11)

Até confessar o crime, segundo a polícia, o estudante dizia ter sido vítima de um sequestro relâmpago. Nessa versão, um dos dois criminosos que o abordaram na rua havia o levado até o apartamento para conseguir mais dinheiro, e Magda, ao partir em defesa do filho, foi morta.

Logo após o crime, Gomes falou para os investigadores que esse criminoso ficou apenas cinco minutos no apartamento. Mas a polícia descobriu que esse homem passou entre 35 e 37 minutos dentro do apartamento de Magda; e de lá saiu tranquilamente.

Isso leva os policiais a acreditarem que Gomes o convidou a ir ao apartamento já com a intenção de apontá-lo como responsável pela morte.

PRISÃO

Após confessar ter matado a mãe, Gomes teve a prisão temporária (por 30 dias) decretada pela Justiça. Ele está na carceragem do 77º Distrito Policial (Santa Cecília).

A reportagem não conseguiu localizar seu advogado nem seu pai.






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