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Economia
Quinta - 16 de Fevereiro de 2012 às 16:48
Por: Márcio Rodrigues

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A desaceleração considerável de alguns indicadores de inflação, a continuidade do IPCA diário da FGV abaixo de 0,20% e as incertezas em relação ao desenrolar da crise grega fizeram os investidores retomarem a devolução de prêmios na parte curta da curva a termo. E, nesse ambiente, a fala do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o corte de R$ 55 bilhões do Orçamento abre espaço para juros menores, serviu de amparo para o movimento de baixa das taxas futuras. Por fim, o IBC-Br de dezembro em +0,57% em relação ao mês anterior ficou levemente abaixo da mediana encontrada pelo AE Projeções, de +0,60%. A mistura de tudo isso fez crescer a possibilidade de a Selic cair para 9,25% em algum momento deste ano.

 

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (226.050 contratos) cedia para 9,22%, de 9,27% no ajuste, enquanto o DI janeiro de 2014 (171.030 contratos) indicava 9,65%, de 9,70% ontem. Entre os longos, a oscilação foi pequena. O DI janeiro de 2017 (19.410 contratos) marcava 10,67%, de 10,65% na véspera, enquanto o DI janeiro de 2021 (7.440 contratos) estava em 11,06%, de 11,05% no ajuste.

Segundo um operador, considerando o patamar de taxa do janeiro de 2013, o mercado atribui uma possibilidade de dois cortes de 0,50 ponto porcentual da Selic - um no encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) em março e outro na reunião de abril - e mais uma queda residual de 0,25 ponto porcentual da taxa básica.

O IPC-Fipe, que reflete o comportamento dos preços na cidade de São Paulo, desacelerou para 0,24% na segunda quadrissemana de fevereiro, ante taxa de 0,42% no primeiro levantamento do mês. O resultado ficou abaixo da mediana calculada pelo AE Projeções, de +0,27%. A inflação apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), por sua vez, foi de 0,30% na segunda quadrissemana de fevereiro, ante 0,46% da quadrissemana anterior, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Amanhã, o mercado de juros conhecerá o IPCA-15 de fevereiro e os dados de desemprego de janeiro, ambos divulgados pelo IBGE.

Lá fora, a Grécia segue no radar dos investidores. Logo no começo do dia, prevaleceu o pessimismo, uma vez que a decisão sobre a liberação do segundo pacote de resgate aos gregos na reunião do Eurogrupo não saiu ontem e que o tema voltará a ser debatido na segunda-feira. Mais tarde, no entanto, uma fonte do governo alemão negou a intenção de adiar ou dividir o plano de socorro ao país helênico para depois das eleições, previstas para abril. Essa informação fez o euro reduzir as perdas em relação ao dólar, até virar para o positivo. Mas não foi apenas isso que ajudou a minimizar o clima externo ruim. Em mais uma bateria de indicadores norte-americanos, uma recebeu especial atenção: trata-se da queda de 13 mil solicitações de auxílio-desemprego na semana encerrada em 11 de fevereiro, ante expectativa de alta de 7 mil pedido.






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