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Economia
Terça - 31 de Janeiro de 2012 às 08:09
Por: KELLY OLIVEIRA

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A estimativa de analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) para o crescimento da economia – Produto Interno Bruto (PIB) – este ano foi mantida em 3,27%. Para 2013, a previsão caiu de 4,25% para 4,15%. Essas projeções estão no boletim Focus, publicação semanal do BC, elaborada com base em estimativas de analistas do mercado financeiro para os principais indicadores da economia.

A expectativa para o crescimento da produção industrial, neste ano, passou de 2,94% para 3%. Para 2013, permanece em 4%. A projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB passou de 37% para 36,95%, este ano, e continua em 35,8%, em 2013. A expectativa para a cotação do dólar ao final do ano subiu de R$ 1,78 para R$ 1,80. Para 2013, foi mantida em R$ 1,75.

A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) passou de US$ 19,6 bilhões para US$ 19,8 bilhões, em 2012, e de US$ 14,5 para US$ 15 bilhões, no próximo ano.

No caso do déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), não houve alterações nas estimativas de US$ 65,9 bilhões, para este ano, e de US$ 70 bilhões, para 2013.

A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi mantida em US$ 55 bilhões, neste ano, e passou de US$ 54 bilhões para US$ 55 bilhões, em 2013.

CONFIANÇA

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou ontem que o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), que mede a confiança dos compradores, ficou 1,5% abaixo do registrado no mesmo mês do ano passado – mesmo com a alta de 0,2% em janeiro frente dezembro de 2011.

Ao analisar os componentes do Inec (expectativas de desemprego, inflação, renda pessoal e compras de bens de maior valor, avaliação da atual situação financeira e do endividamento), a CNI informou que, no último mês, pode ser observado que “a preocupação dos brasileiros com o desemprego, crescente há dois meses consecutivos, se reduziu este mês ante dezembro, com índice 5,1% maior – no caso, quanto maior o índice, menor o receio do desemprego”.

Para o economista da CNI Marcelo Azevedo, a melhora no otimismo dos entrevistados pode ser atribuída à “confiança de que os contratos temporários para as vendas de fim de ano sejam efetivados neste começo de 2012”.

REDUÇÃO

Por outro lado, o indicador registrou redução de 3,1% ante janeiro de 2011. A piora no índice indica maior temor dos brasileiros em relação à diminuição das vagas no mercado de trabalho quando comparado ao mesmo mês do ano passado.

A evolução do endividamento, outro componente do Inec, também está piorando, informou a entidade. Esse índice cresceu 1,6% na comparação com dezembro. Contudo, o indicador teve redução de 4,4% ante janeiro de 2011.

Ao mesmo tempo, a relação do consumidor com a inflação continua sendo a “maior preocupação” dos brasileiros, segundo análise da CNI – 69% dos entrevistados acreditam que os preços terão alta nos próximos meses.

O Inec é realizado pela CNI por meio de pesquisa de opinião pública de abrangência nacional conduzida pelo Ibope Inteligência com 2.002 pessoas de todo país. As entrevistas foram feitas entre 12 e 16 de janeiro.





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