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Internacional
Sexta - 18 de Outubro de 2013 às 23:59

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Um grupo de advogados no Irã enviou um apelo à Justiça do país para tentar impedir que um homem condenado por tráfico de drogas seja enforcado pela segunda vez após sobreviver a uma primeira execução na semana passada.

O iraniano de 37 anos, identificado como Alireza M., havia sido declarado morto por um médico após ficar 12 minutos pendurado em uma forca em uma prisão na cidade de Bojnord, no nordeste do país.

 Direitos Humanos

No dia seguinte, quando a família foi buscar o corpo em um necrotério, alguém percebeu que ele ainda estava respirando.

"Nós o encontramos vivo e isso fez com que suas duas filhas ficassem muito felizes", disse um membro da família não identificado à mídia estatal iraniana.

O homem está agora recebendo cuidados médicos em um hospital, sob vigilância armada, enquanto espera uma nova tentativa de execução.
Apelo

Grupos internacionais de defesa dos direitos humanos afirmam que o Irã é o segundo país que mais executa condenados à morte, atrás somente da China.

Entre os crimes punidos com a pena de morte no Irã estão desde assassinato e estupro até espionagem e tráfico de drogas.

A ONG Anistia Internacional também fez um apelo para que o Irã não repita o enforcamento de Alireza M.

"A terrível perspectiva desse homem de enfrentar um segundo enforcamento, após já ter passado por todo esse calvário uma vez, simplesmente demonstra a crueldade e a desumanidade da pena de morte", disse em um comunicado Philip Luther, diretor da Anistia Internacional para o Oriente Médio e o Norte da África.

Em seu apelo, Luther pediu que o Irã não somente suspenda a nova execução de Alireza como decrete uma moratória de todas as suas execuções.

Segundo a Anistia Internacional, ao menos 508 pessoas já foram executadas no Irã neste ano, em sua maioria condenados por tráfico de drogas.
Granada

Entre os juristas iranianos, a opinião unânime é a de que o segundo enforcamento deve acontecer.

"Quando um condenado é sentenciado à morte, deve morrer. Como não foi isso que aconteceu, considera-se que a sentença não foi executada, e por isso deve ser repetida", disse o juiz Noroullah Aziz Mohammadi.

Em um outro incidente separado relatado pelos meios de comunicação nesta semana, os familiares de um condenado à morte por assassinato tentaram impedir sua execução em uma prisão da província de Ilam, no oeste do país, lançando uma granada no local.

Apesar de a explosão provocar ferimentos em 30 pessoas, o condenado acabou sendo enforcado depois.

 






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