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Cidades/Geral
Terça - 06 de Dezembro de 2011 às 07:58
Por: JOANICE DE DEUS

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Clima de feira livre no centro de Cuiabá: “Quem nunca fez uma compra no camelô que atire a primeira pedra”, diz morador
Clima de feira livre no centro de Cuiabá: “Quem nunca fez uma compra no camelô que atire a primeira pedra”, diz morador
A instalação das 175 barracas de camelôs nas praças Ipiranga, Caetano Albuquerque e Maria Taquara, no centro de Cuiabá, transformou esses espaços públicos em verdadeiras feiras livres. Eles têm a autorização provisória para montar as bancas nas três praças desde o dia 21 de novembro passado, após uma reunião entre representantes da Prefeitura, Ministério Público e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).

Antes, parte dos vendedores montava suas bancas na rua 13 de Junho, ao longo da Praça Ipiranga. Outros vendiam seus produtos em determinados pontos da Praça da República e da Travessa Coronel Poupino. Porém, o juiz do Meio Ambiente, José Zuquim, determinou a retirada e, por 30 dias, os ambulantes por 30 dias os ambulantes permaneceram no Calçadão da Antônio João.

Atualmente, a montagem das bancas é feita de forma organizada e sob a inspeção de 15 fiscais da prefeitura municipal. “A fiscalização é para que eles não instalem na rua 13 Junho”, comentou o fiscal Sebastião José Fonseca de Moraes.

Moraes lembra que a permanência dos camelôs nas três praças é provisória. “Até abril de 2012. Até a entrega do novo shopping popular, na antiga sede do Batalhão de Trânsito, no Porto”, informou. O local deverá abrigar 300 vendedores.

Além de manter a organização, os fiscais cuidam para que produtos proibidos como CDs e DVDs piratas não sejam vendidos. “Se tiver CDs e DVDs a determinação é para que sejam apreendidos”.

Entretanto, a instalação das barracas nas praças divide a opinião da população. “Todos têm o direito de trabalhar e não estão prejudicando ninguém”, diz o balconista Juracir de Melo, 55 anos. “Quem nunca fez uma compra com um camelô que atire a primeira pedra”, acrescentou.

Mas sua esposa Cíntia Melo, 49, lembra que a praça é um espaço público que deveria ser revitalizada e devolvida a toda a população. “A prefeitura deveria reformar e encontrar um local mais adequado para os camelôs. O trânsito livre das pessoas deve ser garantido”, disse.

Apesar de contentes com o fato de poderem trabalhar, os ambulantes sentem uma queda nas vendas com a transferência de local de trabalho. Exemplo disso é a presidente da Associação dos Camelôs, Aparecida Ribeiro de Oliveira.

Mais conhecida como Cida, ela diz que o seu faturamento caiu em 50%. Porém, Cida acredita que esta é apenas uma fase. “No começo é assim mesmo, é mais difícil. Depois melhora, é só os clientes se acostumarem”, diz. “Pelo menos estamos trabalhando e ganhando para comer”, acrescentou.

Já o vice-presidente do Sindicato dos Ambulantes, Wilson da Silva, aponta algumas vantagens com a mudança para o novo shopping popular. “Cada vendedor poderá sair da informalidade, não precisará carregar e desmontar a barraca todos os dias, não terá mais problemas com chuva ou sol e será bom para os consumidores”, comentou.




Fonte: Do DC

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