EUA começam a deixar base aérea do Paquistão após ataque da Otan
Os Estados Unidos se retira nesta segunda-feira de uma base aérea no Paquistão usada pelos drones americanos (aviões não tripulados) que tinham como alvo principal militantes talebans e da rede terrorista Al Qaeda, anunciou o embaixador dos EUA.
A ação cumpre uma ordem dada por Islamabad em represália ao ataque da Otan, a aliança militar do Ocidente, que causou a morte de mais de 25 soldados paquistaneses.
Aviões e helicópteros da Otan atacaram no dia 26 de novembro dois postos fronteiriços paquistaneses na região tribal de Mohmand, em um dos locais mais conflituosos da zona limítrofe com o Afeganistão.
O Paquistão anunciou quase imediatamente o fechamento de suas fronteiras às provisões para as forças da Otan e deu 15 dias de prazo aos EUA para retirar seus soldados da base de Shamsi, no sudoeste paquistanês.
A retirada americana da base aérea não deve prejudicar as operações orquestradas pelos drones uma vez que, segundo oficiais, ela é usada apenas para aviões algum defeito. A decisão, porém, dá indícios de como o ataque do mês passado deteriorou as relações bilaterais com o Paquistão.
O embaixador americano no país, Cameron Munter, afirmou que Washington estava se esforçando para se retirar da base paquistanesa antes do prazo, que termina no dia 11 deste mês.
Ontem, o presidente americano, Barack Obama, reiterou ao presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, que o ataque aéreo da Otan "não foi intencional".
Obama expressou condolências a Zardari pela trágica perda, em uma ligação telefônica, e disse que os Estados Unidos se comprometem com uma completa investigação, depois que o ataque de 26 de novembro provocou uma crise diplomática.
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