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Nacional
Sexta - 25 de Novembro de 2011 às 17:51

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O presidente da Anamatra (Associação Nacional do Magistrados da Justiça do Trabalho), Renato Henry Sant"Anna, criticou a decisão do CSJT (Conselho Superior da Justiça do Trabalho) de cortar o ponto dos servidores que continuarem em greve.

A entidade está organizando para o próximo dia 30 uma paralisação dos 3.600 juízes do Trabalho. De acordo com a associação, serão suspensas cerca de 20 mil audiências.

Segundo ele, a medida do CSJT não se aplica aos juízes. "Essa paralisação se compara a um parlamentar a obstruir uma votação. Ele não está realizando o seu trabalho normal, mas não deixa de ser parlamentar. O juiz também não vai deixar de ser juiz", afirmou.

Ele afirma que a paralisação é uma defesa da independência do Judiciário. "Sabemos da gravidade da nossa decisão e vamos enfrentar as consequências quais forem", disse Sant"Anna.

Tanto os juízes como os servidores pedem aumento em seus salários e outros benefícios.

A decisão de cortar o ponto dos servidores foi tomada nesta sexta-feira pelo CSJT, que editou uma resolução a ser seguida por todos os tribunais trabalhistas. O presidente do conselho, João Oreste Dalazen, afirmou a medida vale para os juízes.

A intenção do conselho é unificar o comportamento de todos os TRTs (Tribunais Regionais do Trabalho) diante de uma paralização.

O coordenador-geral Fenajufe (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União), Ramiro Lopez, também criticou a medida. "Quem corta o salário, abre mão do trabalho", disse o dirigente.

Ele argumenta que historicamente os servidores da Justiça do Trabalho, após as greves, fazem acordos para repor as horas paradas.

"A administração da Justiça do Trabalho não tem interesse em economizar o salário dos servidores, mas interesse na prestação dos serviços."

Dados da Fenajufe mostram que estão em greves os servidores de 9 Estados (Acre, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, São Paulo, Rio Grande do Norte e Roraima).






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