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Economia
Sábado - 22 de Outubro de 2011 às 13:54

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A desaceleração do ritmo de crescimento da economia brasileira fez com que as empresas enxugassem as operações. Um quarto das demissões de funcionários que ocupam cargos de gerência e direção de grandes e médias companhias neste semestre ocorreu por causa de cortes estruturais, revela pesquisa da consultoria Produtive, especializada em recolocação de profissionais.

 

"O corte estrutural é o motivo alegado para demissões quando há mudanças no cenário econômico e as empresas têm de se reestruturar para enfrentar uma nova realidade", diz Rafael Souto, presidente da consultoria e responsável pela pesquisa feita com cerca de mil executivos demitidos.

No ano passado, os cortes estruturais responderam por 5% das demissões e, no primeiro semestre deste ano, essa parcela subiu para 15%. Neste semestre, atingiu 25%. Souto conta que nas últimas semanas dobrou o número de empresas que procura a consultoria para prestar serviços de recolocação dos executivos que pretende dispensar.

Segundo Souto, a maior fatia dos cortes por causa de reestruturações está ocorrendo na indústria. "O comércio e os serviços são menos afetados."

Na análise do economista da LCA, Fábio Romão, a desaceleração atual do mercado de trabalho "é uma acomodação do emprego num patamar mais baixo". Ele observa que a taxa de crescimento da população ocupada, que foi de 3,5% no ano passado, deve fechar este ano com alta de 2,2%.

"Esse movimento ainda não apareceu na taxa de desemprego ainda porque existe um crescimento real da renda que pode estar influenciando a menor procura por emprego entre as famílias." No ano passado, o rendimento real cresceu 3,8% e, neste ano, deve aumentar 3,4%, prevê. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.






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