Para o parlamentar Mato Grosso é o Estado da Federação mais prejudicado devido sua extensa faixa de fronteira
Deputado Emanuel Pinheiro vai a Brasília externar o desrespeito do governo boliviano

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR), participa na próxima quinta-feira (20), às 10hs da manhã, da Audiência Pública, na Comissão de Relações Exteriores, no Senado Federal em Brasília, onde vai ser discutido as causas advindas da lei Nº 133 do Governo Boliviano, que legaliza veículos roubados que rodam no País Vizinho. Pinheiro vai acompanhado pelo Secretário de Estado de Segurança Pública, Diógenes Curado, pelo Procurador geral de Justiça e chefe do Gaeco Paulo Prado, também pelo delegado de polícia Wylton Massal Ohara da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos, e o Presidente da Associação das Famílias Vítimas de Violência (AFVV), Heitor Reis.

A audiência foi proposta pelo senador Blairo Maggi (PR), fruto da luta do deputado republicano. O ex-governador propôs a realização da audiência após a repercussão nacional do pedido de Emanuel para que o consulado boliviano em Cuiabá fosse fechado.

Já há cerca de quatro meses o parlamentar vem tentando diplomaticamente conscientizar o governo boliviano da gravidade dos problemas que a aprovação da Lei n° 133 trás para o Brasil, principalmente à Mato Grosso que tem mais 720 km de fronteira seca com a Bolívia. O deputado sugeriu que se esgotada todas as tentativas diplomáticas seja fechado o Consulado Boliviano no Estado.

Ainda de acordo com Emanuel Pinheiro cerca de 60 veículos são roubados por mês, no Estado, principalmente em Cuiabá e Várzea Grande, e levados para a Bolívia, onde, pela lei n° 133, do presidente Evo Morales, podem ser legalizados.

Para o republicano, não há motivos para que a instituição permaneça aberta se não há um entendimento diplomático entre as partes. A preocupação dele é que o decreto impulsione ainda mais os roubo de carros em Mato Grosso e o narcotráfico devido às facilidades para ultrapassar as fronteira entre os dois países.

“Esse encontro em Brasília será a última alternativa do governo para encontrar uma saída para o embate, por que já realizamos audiências públicas no município de Cáceres e Mirassol do Oeste e o silêncio barulhento do governo boliviano continua”,  pontuou Pinheiro.

O deputado vai a Brasília levando o apoio de vários segmentos organizados da sociedade tais como: Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Acrimat, Conselho Regional de Contabilidade (CRC), Maçonaria, Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares, Polícia Judiciária Civil, Polícia Militar, Secretaria de Estado de educação (SEDUC) e outros.