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Cidades/Geral
Terça - 18 de Outubro de 2011 às 10:31
Por: LISLAINE DOS ANJOS

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Julgamento terá início nesta terça-feira (18), dez anos após a morte do chefe da Funai
Julgamento terá início nesta terça-feira (18), dez anos após a morte do chefe da Funai

Dez anos depois, será levado a Júri popular o cacique Marvel Tsowoon Xavante, da aldeia Tritopa, em Mato Grosso, acusado de ter assassinado o chefe da Federação Nacional do Índio (Funai) de Água Boa (730 km de Cuiabá), Floriano Márcio Guimarães.

O julgamento é na manhã dsta terça-feira (18)e será conduzido pelo juiz titular da 5ª Vara da Justiça Federal, José Pires da Cunha. A denúncia de Marvel foi feita pelo Ministério Público Federal (MPF), em março de 2003, e acatada no final do mesmo ano pela Justiça Federal.

Márcio Guimarães foi morto em 26 de setembro de 2001. Segundo consta na denúncia, ele foi à aldeia Tritopa, pela manhã, para fazer a demarcação das terras beneficiadas pelo Programa de Apoio às Iniciativas Comunitárias (Padic), do Governo Estadual. Em sua companhia, seguiram o cacique Marvel e mais um índio da aldeia, identificado como Aristeu Tserene"ewe Xavante.

O trio seguiu até a cidade de Nova Nazaré (269 km a Leste da Capital), onde permaneceu até às 22 horas. Ao retornar, o chefe da Funai parou o carro a 100 metros da aldeia para que os índios descessem, quando, segundo a denúncia, foi degolado pelo cacique com um canivete.

Antes de morrer, Guimarães teria dito a algumas pessoas que sofria ameaças. Seu corpo foi encontrado pelo índio Ari Mahaio.

Marvel será julgado por homicídio qualificado praticado por motivo fútil, cometido mediante recurso que impediu a defesa da vítima, o que pode render uma pena que varia de 12 a 30 anos de reclusão.

Habeas Corpus

O cacique chegou a ser preso pelo crime em junho de 2006, mas, por meio de habeas corpus, conseguiu o direito de responder ao crime em liberdade, em novembro do mesmo ano. O recurso foi concedido por unanimidade, tendo como relator, à época, o desembargador Olindo Menezes.

O acusado nega participação no crime e conta com o auxílio, em sua defesa, de um laudo antropológico contratado pela Funai.






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